PT E MDB TENTAM ACORDO PARA PRESIDIR ALEPI

Apesar do clima de disputa entre o MDB e PT pela presidência da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para o biênio 2023-224, cada um com seu candidato, apenas um desses deverá ser o nome de consenso nas eleições para o comando da Casa no próximo ano. Após 18 anos de gestão e nove vitórias consecutivas, o presidente da Alepi, deputado estadual Themístocles Filho (MDB), deixará o seu reinado Legislativo para assumir em 2023 o cargo de vice-governador do Piauí, após ter sido eleito nas eleições de 2022 junto com o futuro governador Rafael Fonteles (PT).

Com a vaga em aberta para o próximo -- e sem o protagonismo de Themístocles para disputá-la --, os partidos com maior bancada dentro da base governista, querem logo definir quem será o candidato de consenso para assumir a cadeira que está quase 20 anos com o decano do MDB na Assembleia.

Franzé busca tirar a hegemonia do MDB a frente da Alepi, mas precisará entrar em acordo com grupo que prefere Severo Eulálio na presidência (foto: Jailson Soares/ PD)

Na última segunda-feira (7/11), o MDB definiu que o candidato do partido à presidência da Alepi será o deputado estadual reeleito Severo Eulálio. O nome é consenso para os nove deputados eleitos pela sigla e tem o aval de Themístocles Filho. Já o Partido dos Trabalhadores (PT) defende que o próximo presidente da Alepi seja do partido que fez mais deputado, ou seja, o próprio PT que elegeu 12 parlamentares. As eleições para presidente da Alepi devem acontecer em fevereiro de 2023 e, somente, os 30 deputados estaduais tem direito a voto.

PT TEM DIREITO A VAGA

Para o deputado estadual reeleito Fábio Novo (PT) o seu partido não está insistindo para ter a presidência da Alepi. “Nós temos o direito natural porque temos uma bancada de 12 parlamentares, assim como o MDB tem o direito natural de apresentar um nome. O MDB se reuniu e apresentou um bom nome, o deputado Severo é um deputado experiente, com vários mandatos, precisamos respeitar isso. Eu sempre tenho dito que a minha defesa aqui na Casa, é, primeiro, que nós tenhamos o fim da reeleição definitivamente, graças a Deus o Tribunal Federal sepultou isso que já está no nosso regimento interno e até já foi readequado na casa”, ressaltou Fábio.

Deputado petista acredita que por ter a maior bancada, PT deverá ser o partido com candidato de consenso para presidência da Alepi (foto: Jailson Soares/ PD)

O parlamentar defende que seja acordado um consenso para as próximas duas eleições para presidente da Casa que acontecerão em 2023 e 2025. “Eu defendo, nós temos as duas maiores bancadas. O governo fez 22 dos 30 parlamentares. Dois anos deve ficar com o Partido dos Trabalhadores e dois anos com o MDB. Eu trabalho essa tese. O nome do deputado severo é excelente nome, mas nós também já fechamos em torno de um nome, unificando-se no nome do deputado Franzé”, explicou Novo.

Segundo Fábio Novo, o governador eleito Rafael Fonteles disse que não iria se intrometer na eleição da Casa, mas por outro lado, pediu que a base se reunisse para elencar um nome para a Presidência. “Ele (Rafael Fonteles) apenas manifestou o interesse que nos fizéssemos uma discussão para que nessa discussão fosse contemplado o presidente da Casa dentro da base do Governo. A base do governo tem 9 do MDB e 12 parlamentares do PT e mais o Evaldo Gomes”, contabilizou o deputado.

Com essas contas, a base do Governo já tem 22 nomes dos 30 deputados da Alepi. Porém, precisam definir se o candidato a presidência será Severo Eulálio (MDB) ou Franzé Silva (PT), para poderem ter a maioria absoluta dos votos. Caso não haja entendimento, a disputará poderá acontecer dentro da base do governo e caberá aos partidos MDB e PT buscarem votos junto aos colegas da oposição.

Apesar de ter menor número, o Progressistas é o terceiro partido com maior bancada dentro da Alepi, tendo feito sete parlamentares. O deputado estadual eleito Jeová Alencar (Republicanos) é cotado como membro da bancada da oposição, que somados tem oitos votos capazes de definir uma eleição, caso não haja consenso de um candidato único da base governista.

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