PSDB, DEM E PV NÃO INDICAM REPRESENTANTES E REGINA RECLAMA DO DESINTERESSE

Desinteresse em indicar representantes emperra trabalhos, afirma Regina (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Em entrevista à TV Senado, a senadora Regina Sousa (PT) apresentou um balanço da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, presidida por ela. A petista elogiou a preocupação da população com os temas tratados e a participação popular constante. “A Comissão de Direitos Humanos é hoje um desaguadouro das aflições da população”, declarou.

Mas nem tudo são flores e a senadora reclama do desinteresse de algumas legendas em nomear seus representantes, pois prejudicam em especial as votações terminativas. O Bloco Social Democrata, formado pelo PSDB, PV e DEM ainda não nomeou seus representantes, mesmo após um semestre inteiro de trabalhos, e isso emperra o trabalho na Comissão. Regina foi categórica em afirmar que os desinteressados devem pedir pra sair.

"Aqui, por incrível que pareça, tem um bloco parlamentar que ainda não indicou seus membros. O que os partidos desse bloco estão dizendo? Que não é pauta deles os direitos humanos. O que a população vai pensar de um parlamentar desse? Se não quer a vaga, abre mão", afirmou. E completou: "o bloco do PSDB, com o PV e o DEM não indicaram um único membro. Têm direito a oito, não indicaram nenhum. E a gente tem dificuldade. Os projetos terminativos estão acumulados. A gente votou alguns, já. Uma única vez deu quórum pra projetos terminativos", acrescentou a senadora.

DESTAQUES
Regina Sousa fez ainda um balanço das atividades na CDH. Segundo ela, foram 30 audiências realizadas. Entre os debates mais relevantes com participação popular, ela citou o armamento da população. A comissão já recebeu propostas desse tipo mais de uma vez e todas foram rejeitadas. Outros temas envolvem direitos indígenas, dos negros, mulheres e dos idosos, além da proteção ao meio ambiente.

“[A segurança] é um dos temas muito discutidos na Comissão. A questão da violência está crescendo muito. Eu estou inclusive pensando na apresentação de um projeto nessa linha porque é visível. [Violência] contra a mulher, agora até no campo. Tinha freado um pouco a questão da violência no campo, mas você viu o que foi no Pará, o que foi no Mato Grosso e os indígenas lá no Maranhão”, disse.

Veja a entrevista na íntegra.

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