Por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

Os prefeitos parecem não ter gostado muito do reajuste salarial para professores. Embora achem justo, contestam que o aumento não foi acompanhado de mais recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério (Fundeb), o que dificulta a situação das prefeituras, segundo o presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Arinaldo Leal.

De acordo com Arinaldo o reajuste de 11,36% está longe do ajuste do Fundeb, que foi de apenas 7%. A maioria dos Estados e municípios queriam que o reajuste do piso salarial fosse adiado para agosto e que o índice fosse 7,41% e não 11,36%, como prevê a lei. O reajuste, concedido anualmente, é divulgado em janeiro.

“Não há recursos suficientes para isso. Nós queremos e valorizamos muito os professores, mas querer não é poder. Além disso, não tem perspectiva do aumento nos repasses dos municípios”, garantiu Arinaldo.

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundeb.