OPOSIÇÃO: AINDA É POUCA GENTE

Muita água ainda vai passar pode debaixo da ponte daqui até 2022. Mas a esta altura do campeonato, os líderes de oposição já deveriam ser mais numerosos. O senador Ciro Nogueira reuniu ontem (14) deputados federais e estaduais para tratar exatamente da oposição ao governador Wellington Dias (PT), mas deu pouca gente na foto.Deputados do PP desfalcaram a foto dos que acreditam em Ciro como opção para o Governo do Estado em 2022 (foto: Instagram)

O número de parlamentares destoa bastante do número de prefeitos eleitos que atendem a um chamado de Ciro. Dentre as lideranças municipais, o senador é um projeto incontestável para 2022. Já entre os deputados dentro de seu próprio partido...

Para organizar a tal oposição, Ciro reuniu os progressistas B.Sá, Júlio Arcoverde, Lucy Soares, Átila Lira e Iracema Portella, além de Marden Menezes (PSDB) e Gustavo Neiva (PSB). A deputada estadual Tereza Britto (PV) não foi. Reunião rápida, não chegou a demorar uma hora inteira. Falaram sobre as eleições municipais e sobre o saldo positivo delas para o grupo, descontando-se, claro, as derrotas em Teresina e Piripiri. Ciro falou mais que os convidados.

Ciro falou mais que os convidados; ficou no ar a impressão de que ele aguarda a reforma administrativa de Wellington no início de 2021 (foto: Instagram)

Os estaduais Firmino Paulo, Wilson Brandão e Hélio Isaías e a federal Margarete Coelho – todos filiados ao Progressistas – não deram as caras e continuam com suas indicações na gestão do PT, quase 5 meses depois do rompimento oficial de relações políticas entre Ciro e Wellington.

Veja nosso comentário:

Esse atraso na saída ou insistência na permanência (o que couber melhor em cada caso) já demonstra que alguma coisa está errada na oposição.

O primeiro problema é um sinal de que falta alguma firmeza de liderança do senador Ciro Nogueira. É possível estar com Ciro e Wellington ao mesmo tempo?

O segundo é o péssimo recado que se dá a quem não faz parte do governo: o de que candidatos proporcionais que estão a mais tempo na oposição vão ter que concorrer diretamente dentro de seu partido contra aqueles que passaram mais tempo se “abastecendo” dentro do governo.

Se Ciro não consegue unir o próprio partido, como unirá os demais em torno do projeto de 2022?

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