O MILIONÁRIO IDEPI DE MONTEIRO

Nesta sexta-feira, 6, tomam posse os novos secretários do PTB no primeiro escalão da gestão Wellington Dias, do PT. E tomando por parâmetro o Orçamento de 2015, é de se entender um certo “mal estar” que circulou na base petebista do Governo. No Instituto de Desenvolvimento do Piauí, IDEPI, o irmão do deputado estadual Fernando Monteiro já está gerindo mais dinheiro que todos os outros deputados estaduais que vão assumir secretaria juntos.


Neném Monteiro já assumiu o IDEPI e controla uma das pastas que mais "fideliza" eleitores pelo interior do estado

O engenheiro Francisco Alberto de Brito Monteiro, o Neném Monteiro, é hoje o gestor de R$ 142 milhões. E esse valor é apenas o que está previsto no Orçamento do Estado. Há uma bolada ainda maior – quase R$ 1 bilhão – esperando trâmites de convênios federais.

COMPARAÇÕES

Ao assumir o IDEPI, a “máquina” de fazer barragens e adutoras e poços do Governo do Estado, Neném Monteiro assumiu também uma quantidade de recursos que, para se ter uma idéia melhor, é superior ao orçamento do Tribunal de Contas do Estado (R$ 96 milhões) e bem próximo do orçamento do Ministério Público (R$ 165 milhões). O montante também supera o da Secretaria de Infraestrutura, SEINFRA, ao qual o próprio IDEPI é vinculado e que será, a partir de sexta, comandada pela deputada estadual petebista Janaínna Marques.

Já os deputados Hélio Isaías, na Secretaria de Defesa Civil; e Nerinho, na Secretária de Desenvolvimento Econômico, terão à disposição, respectivamente, R$ 21 e R$ 14 milhões. Os valores são inferiores aos de órgãos quase inexpressivos do segundo escalão do governo como a Fundespi, de Vicente Sobrinho (PT), que tem o orçamento de R$ 28 milhões. Por esse motivo, houve um mal estar inicial que foi contornado com promessas da facilidade de se realizar convênios para obtenção de recursos federais.

Por fim, se quiser fazer realmente um trabalho minimamente relevante, o marido da deputada Liziê Coelho, o ex-prefeito de Paulistana, Luiz Coelho vai ter que correr atrás de convênios que injetem mais que os R$ 6,4 milhões disponíveis para a Secretaria de Mineração. Aliás, claro, todos terão que fazê-lo e estão sendo indicados por Wellington Dias para isso.

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