Por Ananda Oliveira e Lídia Brito

Os policiais militares realizam, na manhã desta segunda-feira (18), uma caminhada até o Palácio de Karnak. Em entrevista ao Política Dinâmica, o deputado estadual Rubem Martins elogiou a iniciativa, que classificou como coerente e equilibrada, e disse que as famílias dos militares mortos são abandonados pelo poder público. A mobilização ocorre com o intuito de sensibilizar o governador Wellington Dias (PT) para a causa. Os policiais militares reivindicam melhoria das condições de trabalho e reajuste salarial. A categoria enfrenta dificuldade em reivindicar essas questões porque é impedida por lei de fazer greve.

“São muitos militares mortos, assassinados em trabalho. E mais ainda: falta de atenção e cobertura das famílias desses policiais mortos. Aqui é um movimento que chama a atenção do povo do Piauí e do Brasil para o descaso da segurança hoje no estado. (...) Inclusive tem a morte de um policial que estava dando proteção ao filho do governador e não se vê nenhuma ação de atendimento à essa família”, declarou o parlamentar.

Rubem criticou a atuação do governo no setor da segurança pública e disse que o governador é “mestre em enganar o povo” quando se trata de apresentar soluções para os problemas da área.

“O governador Wellington Dias tem caminhado um caminho que não traz sequer a sensação de segurança, quanto mais segurança [propriamente dita] para o povo do Piauí”, afirmou.

Ele afirmou ainda que o governador não tem diálogo com a população. “O governador está com medo de gente. Na verdade, ele gosta mesmo só das lideranças políticas. O foco do governador só é um hoje: a sua reeleição. O restante pra ele não faz a menor diferença”

O deputado Rubem Martins informou que vai levar a discussão para o plenário da Assembleia Legislativa. No momento da entrevista, os manifestantes ainda não sabiam se o governador os receberia para uma conversa.

CONTRAPONTO
A reportagem do Política Dinâmica entrou em contato com a assessoria do governador Wellington Dias para comentar o caso e não teve resposta até a publicação da matéria. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.