MARGARETE VIRA DIRETORA DO SEBRAE

A deputada federal Margarete Coelho (Progressistas) não conseguiu a reeleição para Câmara nas eleições de 2022. A parlamentar acabou sendo a 12ª candidata mais votada nessas últimas eleições com 76.519 votos, ficando na 1ª suplência do seu partido, mas dificilmente será chamada para ocupar uma cadeira em Brasília, já que seu partido perdeu as eleições para o Governo do Piauí e, também, apoiou a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que acabou derrotado por Lula (PT). Mesmo assim, Margarete já conseguiu um cargo federal para os próximos anos.

Novos diretores eleitos para o Sebrae para o quadriênio 2023-2026: José Zeferino Pedrozo (esq.), Margarete Coelho, Carlos Melles e Bruno Quick (Foto: Erivelton Viana/ Sebrae)

Vale lembrar que Margarete não foi uma das melhores cabos eleitorais das campanha à presidência de Bolsonaro, nem mesmo do candidato ao Governo do Estado Sílvio Mendes (União Brasil), que também deveria ter o apoio integral do Progressistas no Piauí. Por exemplo, em seu berço eleitoral, na cidade de São Raimundo Nonato, Sul do Piauí, Margarete tem como aliada a sua irmã Carmelita Castro (Progressistas) que é atual prefeita e o marido dela é o deputado estadual reeleito Hélio Isaias (PT), cunhado de Margarete.

Na cidade dela, ambos os familiares, bem como mais de 80% da população de São Raimundo votaram no candidato Lula à presidência, já na votação para governador do Piauí, mais de 70% da população da cidade optou por votar em Rafael Fonteles (PT) para governar o Estado. Diante dos dados, dá pra perceber que Margarete pouco fez ou conseguiu fazer para seus candidatos terem uma bota votação, pelo menos em “sua terra”.

Apesar da ausência na campanha de reeleição de Bolsonaro, a deputada federal conseguiu manter seu prestigio em alta, nessa última terça-feira (29/11) ele foi escolhida como futura diretora Administrativa e Finanças do Sebrae nacional para o quadriênio 2023-2026. Nos bastidores, circula a informação que o ainda Ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), é o padrinho do cargo “conquistado” por Margarete.

Margarte Coelho chegou a ser a primeira vice-governadora eleita do Piauí na gestão de Wellington Dias (PT) (foto: Jailson Soares/PD)

O site do Sebrae já anunciou a chegada de Margarete de Castro Coelho como deputada federal pelo PP/PI, advogada e especialista em direito eleitoral, constitucional e processual. Nascida em São Raimundo Nonato (PI), e como sendo a primeira mulher a se tornar vice-governadora do Piauí.

RESTO DE INFLUÊNCIA

Nos bastidores, circula ainda a informação que o ministro Ciro Nogueira está aproveitando seus últimos dias no mais importante ministério do país para garantir como puder seus afilhados políticos derrotados em cargos federais de prestígio.

O candidato a senador pelo Piauí, Joel Rodrigues (PP), uma das principais aposta de Ciro nas últimas eleições, também acabou perdendo a vaga no Senado para o ex-governador Wellington Dias (PT), mas ganhou do ministro a vaga de presidente do Progressistas no Piauí. 

A próxima a ser agraciada seria sua ex-esposa a deputada federal e candidata a vice-governadora do Piauí, Iracema Portella (PP), que acabou perdendo as eleições na chapa encabeçada por Sílvio Mendes (União Brasil). Ainda podem aparecer nessa lista de compensações o senador Elmano Ferrer (Progressistas), que disputou a eleição para deputado Federal, mas acabou na segunda suplência e outros agremiados do Progressistas.

Enquanto isso, outros que, realmente, deram a cara a tapa defendendo a campanha de Jair Bolsonaro (PL) no Piauí parece que ficarão “chupando o dedo”, pelo menos até 2024, quando poderão ser reconhecidos não pelos políticos locais, mas pelos eleitores que até agora parecem fieis ao bolsonarismo.

  

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