MARGARETE APROVA PMDB NO GOVERNO, MAS AVISA QUE NINGUÉM SERÁ “DONO” DE SECRETARIA

Para ela, o PMDB é um grande partido (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Gustavo Almeida e Marcos Melo

A vice-governadora Margarete Coelho (PP) concedeu entrevista ao Política Dinâmica na sexta-feira (20). Sorridente e sempre bem humorada, ela procurou adotar um tom cauteloso em algumas respostas, principalmente quando questionada sobre assuntos da política partidária. Com um discurso articulado, a primeira vice-governadora da história do Piauí falou bastante, mas sem querer se comprometer.

Margarete disse que Wellington Dias (PT) pegou o estado em situação crítica e lembrou problemas como folha de pagamento atrasada, terceirizados e fornecedores atrasados e um estado que classificou como “completamente desorganizado” à época. Para ela, a população do Piauí precisa reconhecer a realidade em que o atual governo encontrou a máquina pública estadual para entender algumas dificuldades do presente.

Mas Wellington recebeu o governo do PMDB, partido que agora quer compor a base aliada e fazer parte da administração. Questionada se a possível volta de quem entregou um “estado desorganizado” para o seio do Karnak não lhe preocupa, ela preferiu dizer que é preciso acabar com a ideia de se discutir política pela política e adotar a união em prol do Piauí.

Margarete defende pacto pelo Piauí (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

“Eu tenho dito com muita sinceridade e franqueza. Todos temos que parar de discutir a política pela política. Temos que parar com essa velha história do político profissional, do político que só faz aquilo na vida. O povo cansou disso e não quer isso. Eu vejo esse momento em que vários partidos se aproximam como favorável por um determinado ângulo. Nós estaríamos construindo um pacto em favor do Piauí”, disse.

Segundo ela, o PMDB é um grande partido e a formação de um pacto será favorável a população. “Nós estamos deixando de lado as velhas querelas políticas, da crítica pela crítica, do quanto pior melhor para que eu possa me viabilizar politicamente. O PMDB tem grandes deputados aqui no Piauí e eu vejo essa convergência como muito favorável ao estado, basta que ela seja vista dessa forma, fazendo uma política contributiva para o Piauí”, avalia.

Vice diz que W. Dias detém o controle (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

QUEM MANDA É WELLINGTON
Para Margarete, mesmo sendo as mesmas pessoas do PMDB que entregou o governo desorganizado, quem dá o ritmo nessa gestão é o governador Wellington Dias. “Uma orquestra toca diferente a mesma música conforme o maestro. É o maestro que dá o tom e o ritmo. Não vejo ilhas independentes nesse governo, onde um secretário é dono de uma secretaria e faz dela uma capitania hereditária. Vejo o Wellington no controle”, avisou.

A vice-governadora ainda completou dizendo que o governador não permite a “formação de arquipélagos, de grupinhos que mandam neste ou naquele órgão, fazendo a coisa da forma que eles querem”. O recado está dado!

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