MAIS UM ESCÂNDALO NO GOVERNO BOLSONARO

Em protesto na tarde desta quarta-feira (29/06) servidores da Caixa Econômica Federal pediram a exoneração do presidente da estatal, Pedro Guimarães, suspeito de assédio contra funcionárias do banco. O ato aconteceu na frente da instituição em Brasília. O inquérito que investiga as denúncias corre em sigilo e é realizado pelo Ministério Público Federal, mas o caso veio à tona após divulgação de matéria do site Metrópoles.

Ato contra presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em frente à sede do banco, em Brasília — Foto: TV Globo/ReproduçãoNa matéria, foram divulgados relatos das vítimas que acusam o presidente do banco de assédio durante várias ocasiões, como viagens a trabalho do dirigente do banco. Após a denúncias, vários meios de comunicação também publicarem reportagens.  

A TV Globo falou com algumas funcionárias que relataram episódios de assédio que sofreram de Guimarães. Elas contam, por exemplo, que o presidente da Caixa pedia abraços em contextos constrangedores e deixava a mão escapar para passar por partes íntimas dos corpos delas. As funcionárias falaram sob a condição de anonimato.

Outra funcionária afirmou que, às vezes, o constrangimento era feito na frente de outros colegas: "Por exemplo, pedir para abraçar, pegar no pescoço, pegar na cintura, no quadril. Isso acontecia na frente de outras pessoas. E, às vezes, essas promessas eram no pé de ouvido e na frente de outras pessoas, mas de forma com que outras pessoas não ouvissem.

Pedro Guimarães durante um evento em Brasília | Pablo Jacob

Segundo ela, o assédio também ocorria nas viagens que o presidente da Caixa faz pelo país. "Comigo foi em viagem, nessas abordagens que ele faz pedindo, perguntando se confia, se é legal. Abraços mais fortes, me abraça direito e nesses abraços o braço escapava e tocava no seio, nas partes íntimas atrás, era dessa forma".

CASO EM TERESINA
O jornalista Ricardo Noblat postou em seu perfil no twitter que um motorista, que é evangélico, de uma locadora de veículos de Teresina (PI) presenciou uma cena de sexo explícito de Pedro Guimarães com uma mulher dentro do carro que dirigia.

Jornalista divulgou informações sobre cena de sexo explícito, supostamente, protagonizado pelo presidente da Caixa durante viagem a trabalho em Teresina (PI) (reprodução twitter)

DEIXARÁ O CARGO
Dentro do Governo Bolsonaro o que se comenta é que Pedro Guimarães deve deixar o cargo. No lugar dele deverá ser indicado o nome de Daniella Marques Consentino. Ela é ‘braço direito’ do ministro Paulo Guedes. Atualmente, Consentino é secretária especial de Produtividade, Emprego e Competitividade.

Segundo o site G1, mesmo envolvido nas denúncias, Guimarães deve tentar fazer com que seu braço direito, Celso Leonardo Barbosa, assuma a cadeira. No entanto, ele também causa temor entre funcionárias que trabalham no banco por conta de assédio.

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