LULA OU BOLSONARO? TANTO FAZ!

Mande qualquer pessoa com a camisa do Vasco dar uma volta no meio da torcida do Flamengo e certamente ela vai voltar com o entendimento de que a camisa que você veste faz toda a diferença. Mas para o deputado federal Flávio Nogueira (PDT), tanto faz votar em Jair Bolsonaro (sem partido) ou no seu inverso proporcional ex-presidente Lula (PT), desde que ele mesmo seja (re)eleito em 2022.

PAra Flávio, Lula ou Bolsonaro, anto faz... mas o eleitor aceita isso? (fotos: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Flávio está de saída do PDT. Deve seguir para o Republicanos. Acontece, que no Piauí, o deputado é da base do governo petista de Wellington Dias, cuja sucessão deve ser alinhada com uma candidatura do ex-presidente Lula (PT). Por outro lado, seu futuro partido, no contexto federal, dá total suporte ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). E no Piauí o presidente já tem candidato ao governo estadual: o senador Ciro Nogueira (PP).

E VAI DAR CERTO ISSO?

Nogueira disse que está livre para votar em quem quiser nas próximas eleições. E qualquer que seja a diferença que você enxerga entre Bolsonaro e Lula, para ele é uma questão menor. O que vale é a bola na rede. “Tudo isso vai depender da época, da acomodação dos partidos. Eu ficarei livre e votarei de acordo com o que for bom para a minha eleição”, explicou.

Para escolher o lado por onde vai disputar as eleições, Flavio vai esperar até a última hora para ver quem estará melhor posicionado junto ao eleitorado (foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

A eleição para o governo estadual em 2022 também é uma incógnita na visão de Flávio Nogueira. Ele ainda não sabe em quem vai votar: se no candidato da base governista de Wellington Dias (provavelmente Rafael Fonteles) ou em Ciro Nogueira, o candidato da oposição.

WELLINGTON X CIRO

Para o deputado, é cedo para se comprometer, afinal, ele mesmo ainda não sabe com certeza absoluta quem serão os candidatos.

O candidato de Ciro é Bolsonaro, o candidato de Ciro é Bolsonaro (foto: Instagram)

Durante a entrevista, não foi possível perceber o menor constrangimento de Flávio sobre estar na base de Wellington Dias e votar logo mais na oposição, ou se filiar num partido que ajuda Jair Bolsonaro e votar, quem sabe contra ele. Seu entendimento é de que no Piauí isso não é um problema. “Eu acho que isso não teria nenhum problema de acomodação, principalmente no estado do Piauí, nem para um lado e nem para o outro”, pondera.

Quem estiver com o candidato de Wellington, vai ter que pedir votos para Lula (foto: Jailson Soares | PoliticaDInamica.com)

Até aqui, Flávio já havia recebido convites para se filiar ao MDB, PP e PT. Porém, a escolha pelo Republicanos é baseada exatamente na possibilidade de ser o dono da bola, o que não aconteceria nessas outras agremiações. “Infelizmente no Brasil, partido político tem pouca influência na eleição e na votação de um candidato. O que vale mais é o que o candidato fez e faz na sua vida pública”, comenta o parlamentar.

Numa eleição que promete ser a mais alinhada com o cenário federal na história recente do Piauí, resta saber se o resto da bancada federal piauiense pensa da mesma maneira que Flávio Nogueira.

Você, pensa o quê?

Comente aqui