LULA HOMENAGEIA O PIAUÍ DURANTE POSSE

O presidente eleito do Brasil Luís Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse por volta das 15h deste domingo (1º) ao assinar o termo de posse em cerimônia no Congresso Nacional, em Brasília (DF). Durante o ato, o presidente Lula citou o Piauí e o senador eleito e futuro ministro Wellington Dias (PT) ao destacar que a caneta que usaria foi um presente recebido em 1989.

Lula desfila em carro aberto durante cerimônia de posse em Brasília (foto: Twitter LulaOficial)

“Eu recebi em 1989 de um militante que pediu que eu assinasse o termo de posse nas eleições de 1990 com ela, mas não fui eleito, também, não venci em 94,98 e em 2022, acabei esquecendo a caneta e usei uma da Câmara. Em 2006, assinei com a caneta do presidente do Senado, mas hoje, eu encontrei a caneta e estou aqui com ela e quero, companheiro Wellington, usar esta caneta em homenagem ao povo do estado do Piauí”, ressaltou Lula.

Antes do discurso de posse, Lula fala sobre história de caneta que ganhou em 1989 durante discurso realizado no Piauí (foto: reprodução Agência Senado)

No segundo turno das eleições de 2022, Lula recebeu 76,86% dos votos dos piauienses, o maior percentual de votos dado ao candidato em todo País. No geral, Lula foi escolhido por mais de 60 milhões de eleitores, que representaram a maioria de 50,90% da população, sendo eleito para o 3º mandato a frente do maior cargo público do país.  

Sob forte esquema de segurança, a cerimônia de posse de Lula teve início com um desfile do presidente eleito num carro aberto pela esplanada em Brasília até a sede do Congresso Nacional, onde assinou o termo de posse. Durante todo o desfile, Lula esteve ladeado pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e da esposa dele, Maria Lúcia Guimarães Ribeiro Alckmin, mais conhecida como Lu Alckmin.  

Após assinar o termo de posse Lula iniciou seu discurso destacando que a democracia era a grande vitoriosa do dia. Ela ainda teceu várias críticas ao Governo de Jair Bolsonaro, que se findou nesse sábado, 31 de dezembro de 2022. Segundo o novo presidente, nos últimos quatro anos, a máquina pública foi usada para constranger os eleitores através do poder econômico. Lula parabenizou ainda a postura do sistema Judicial Brasileiro, sobretudo o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) “que fez prevalecer a verdades das urnas sobre a violência dos infratores da democracia”, disse Lula.

Na tribuna do Congresso, Lula destacou que lá esteve na discussão para elaboração da Constituinte de 1988 com embates democráticos para descrever o mais amplo conjunto de direitos sociais, individuais, coletivos e que norteiam a soberania social. Ele ainda destacou que há 20 anos iniciei meu primeiro mandato com a palavra mudança para concretizar o que os princípios da constituinte que é propiciar uma vida digna, sem fome, com emprego e acesso a educação, com a missão de que cada brasileiro pudesse fazer três refeições por dia.  

"DEMOCRACIA PRA SEMPRE"

“Temos que repetir esse compromisso que já havíamos superado. Mas com a devastação nos anos anteriores temos agora um Brasil de confiança e reconstrução (...). Em 2002, dizíamos que a esperança havia vencido o medo de 1998 de elegerem um representante da classe trabalhadora, mas se não tivemos vencido esse temor não estaríamos aqui novamente. Mostramos que um representante da classe trabalhadora poderia dialogar com a sociedade para o benefício de todos, com ampla participação social, com os trabalhadores e os mais pobres incluídos nas decisões do Governo. Ao longo dessa campanha (de 2022), voltei a ver a esperança num povo sofrido para voltarmos a garantir o direito essencial a saúde e educação”, ressaltou Lula.  

Presidente empossado descreve o desafio a frente do novo Governo (foto: agenciaSenado)

Antes de finalizar seu discurso, Lula ressaltou que entregará aos membros do Congresso, da Justiça, da sociedade Civil e entidades, o resultado da transição feita por sua equipe que mostram um diagnostico estarrecedor do País para cada um faça a avaliação que desejarem. “Eles desmontaram a saúde, a educação, cultura, destruíram e não deixaram recursos pra proteção meio ambiente, sem recursos para vacinação e até mesmo para merenda escolar”, revelou o presidente.  

“O Brasil não precisa de armas, o Brasil precisa de educação, livros, e de segurança para ser mais justo. A fé poderá estar presentes em diversas moradas do país, todos tem direitos aos cultos, neste país todos poderão exercer sua religiosidade”, ressaltou Lula, lamentando ainda pelas mais de 700 mil mortes de vítimas pela Covid durante a pandemia. Destacando que o SUS e a competência do povo pela vacinação foi um paradoxo da atitude criminosa de um Governo negacionista, prometendo ainda que o genocídio será apurado e não ficarão impunes.  

Após deixar o Congresso, Lula e o vice-presidente Geral Alckmin seguiram em cortejo, em carro aberto, até a tradicional subida na rampa do Palácio Presidencial e receber a faixa de presidente. 


Comente aqui