LULA E BOLSONARO DISPUTAM VOTOS NO SENADO

A eleição para escolha do presidente do Senado Federal que acontece nesta quarta-feira (1ª) logo após a posses dos 27 novos senadores, que se juntaram aos 54 que permanecem com o mandato que é de 8 anos. Na eleição para presidente do Senado, os 81 senadores têm direito a voto e vence aquele que conseguir 41 votos dos colegas. Até pouco tempo, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) era quase que unânime em sua disputa à reeleição, mas o bloco de oposição ao atual Governo Lula conseguiu colocar no páreo o senador Rogério Marinho (PL-RN).

Com possibilidade de virar o jogo contra Pacheco, Bolsonaro abraçou no último instante a campanha de Marinho à Presidência do Senado (foto: Creative Commons)

Por ser do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, há quem diga que a disputa desta quarta no Senado será o primeiro embate de Lula X Bolsonaro pós eleição presidencial. Nessa última segunda-feira (30/01), o ex-presidente participou por vídeo chamada de um jantar com a presença dos congressistas do partido, onde deu boas vindas aos novos deputados e senadores do PL e declarou todo seu apoio à candidatura de Marinho à presidente do Senado, destacando que isso reequilibraria os Poderes.

Marinho é ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo de Jair Bolsonaro e se elegeu senador pelo Rio Grande do Norte, nas eleições de 2022. Nesse último pleito, o PL foi a sigla que mais elegeu senadores, com oito vitórias no total, passando a se tornar a sigla com mais representantes no Senado.

Além do apoio dos partidários, Marinho conta também com o apoio declarado dos senadores Progressistas e do Republicanos. Somados os senadores dos três partidos somam 23 representantes, precisando aí de mais 18 votos para conseguir vencer Pacheco.

Sem chances para uma candidatura dentro do PT, Lula se apegou a reeleição de Pacheco no Senado (foto: ascom)

Já o atual presidente e candidato do Governo Lula tem o apoio de seu partido o PSD, MDB, PT, União Brasil, PSB e PDT, conta com o apoio de 51 senadores.

Porém, nas contas do PL, como o voto é secreto e há muitos dissidentes, Pacheco estaria na frente por uma diferença pouca. O partido aposta na estratégia de que os colegas vão aceitar a proposta de independência entre os poderes e que Pacheco, não teria tido um pulso firme ao bater de frente com as supostas interferências do Supremo no poder Constituinte do Senado nos últimos meses.

Nesse contexto são dados como incertos os votos dos senadores do Podemos e do PSD, tidos como integrantes da oposição a Lula, porém, sem simpatia com o grupo político do ex-presidente Bolsonaro. O certo é que as apostas piaram sobre os votos dos indecisos, que são aquelas que já disseram e prometeram votos aos dois lados. Aliado a essa indecisão está o voto secreto, dessa forma, fica difícil ter a certeza de quem será os traidores de cada lado.

SENADORES DO PIAUÍ

Dentre os três senadores que representam o Piauí, o natural é que Marcelo Castro (MDB) e Wellington Dias (PT) votem no candidato do Governo, Rodrigo Pacheco (PSD). O senador Wellington, que foi nomeado ministro do Governo Lula no início do ano, acabou sendo exonerado do cargo para tomar posse e realizar a votação, em seguida deve se afastar e voltar ao Ministério, deixando em seu lugar a suplente Jussara Lima (PSD), esposa do deputado Federal, Júlio César (PSD).

Já o voto do terceiro senador que representa o Estado do Piauí deverá ser a favor da eleição de Rogério Marinho (PL). O voto mencionado é o do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que inclusive foi colega de Marinho, também, como ministro do Governo Bolsonaro.

Comente aqui