por Lídia Brito

O secretário de Desenvolvimento Rural, Francisco Limma (PT), falou sobre os protestos de movimentos sociais contra a indicação do advogado, Leonardo Sobral, para o comando do Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR). Os movimentos temem sobre o futuro do programa, já que o Leonardo foi indicado ao cargo pelo deputado estadual, João Madison, que possui forte ligações com o agronegócio.

Para Limma, a preocupação dos movimentos é legítima. Ele afirma que é preciso confiar na condução que o governador, Wellington Dias (PT), pretende dar ao PCPR, que foi recriado depois de ser extinto em 2011 na gestão do ex-governador, Wilson Martins (PSB). Limma diz não acreditar que o fato do deputado João Madison ter influência sobre a pasta signifique que o governo deixou a “raposa cuidando do galinheiro”, como na fábula. 

“Os movimentos fizeram esse questionamento já que o indicado tem relação com o agronegócio. Essa é uma inquietação legítima. Mas é preciso confiar na condução que será dada pelo governador. Ele já tranquilizou a todos quanto a isso. Acho que devemos espera a Assembleia aprovar o projeto da reforma primeiro. O governador deu a palavra aos movimentos que tudo irá ocorrer dentro da normalidade. É natural que mudanças gerem inquietações”, afirmou.

Francisco Limma explica que alguns programas na área de pobreza continuarão sob o comando da SDR. “Os programas de pobreza rural, que hoje são conduzidos pela secretaria, continuarão dessa forma. Isso nos deixa tranquilo. A preocupação dos movimentos era essa, saber com quem ficaria a coordenação de programas tipo o “Viva o semiárido” e o “Progere”. Eles se continuam com a SDR. Temos uma relação mais próxima não só a nível administrativo, mas também político com os movimentos sociais e essa mudança gerou preocupação “, afirmou.