“MOMENTO É DE TESTOSTERONA” DIZ CIRO AO FALAR DE PRÉ-CANDIDATURA DE MARINA

Ciro Gomes, ex-ministro e ex-governador do Ceará (Foto: Fábio Motta/Estadão)

O pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, atacou possíveis postulantes de outros partidos ao posto durante almoço com empresários na Firjan, no Centro do Rio, na tarde da quinta-feira (19). Sobre Marina Silva, ele disse que não a vê com energia para a disputa e que, além disso, "o momento é muito de testosterona", hormônio masculino.

Ele também dirigiu críticas aos tucanos Geraldo Alckmin, João Dória e Aécio Neves, a quem chamou de "cadáver político". Ciro disse que Aécio "continua dando as cartas" e afirmou que o PSDB insiste em não tirá-lo do comando do partido.

"Aécio é um cadáver político, e o que se faz com um cadáver é sepultar. E aí não sei por que não se sepulta. O cara está lá dando as cartas. A onda de revolta pede que ele saia da presidência do PSDB (da qual está licenciado). Ele não vai sair. Então não resolve", disse.

O ex-governador e ex-ministro criticou o comportamento de Marina Silva. "Não a vejo com apetite de ser candidata, ou então é uma tática nova que eu nunca vi na minha vida pública, que é o negócio de jogar parado, de não dar opinião. Não vejo ela com a energia e o momento é muito de testosterona. Eu não elogio isso, é algo do Brasil. É um momento muito agressivo, e ela tem uma psicologia muito avessa a isso", afirmou.

Ex-senadora Marina Silva foi criticada por Ciro Gomes (Foto: Reprodução/BBC)

Ciro acrescentou que o PSDB "vai fazer uma campanha situacionista", "segurando a alça de um caixão de um governo que tem 3% de aprovação, ou vai deixar para a véspera da eleição para sair e ficar com o justo estigma de oportunista".

"Para não parar de fazer besteira, o Doria contesta o Alckmin, que o inventou. Qualquer político sabe que o Alckmin aumentava as remotas e decrescentes chances do PSDB. Portanto, o PSDB vai se decidir por ele e aí não se resolve o problema. Deixa o Doria desgastando o Alckmin", disse.

Apesar das críticas, Gomes afirmou que "quer representar um certo pedaço do PSDB, que ajudou a fundar". "Fui o primeiro e único governador eleito pelo PSDB pelas eleições de 90 e rompi por causa da fraude do real porque não queria ser confundido com aquilo", afirmou.

FONTE: ESTADÃO

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