"É PRECISO TER VERBA PARA GERIR A AUTONOMIA", DIZ DELEGADA ANDREA MAGALHÃES

Delegada Andrea Magalhães considera positiva a autonomia da Polícia Civil e cobra o provimento de recursos necessários para o setor (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Após ser concedido autonomia financeira para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil do Piauí também passa pelo processo de desburocratização da segurança pública do estado, proposta pelo secretário de Segurança Pública Fábio Abreu. Com a medida, o pagamento de diárias, hora planejada, reformas e suprimentos são de responsabilidade da Delegacia Geral, que controla diretamente estes setores. O orçamento previsto em 2017 para a Polícia Civil é de R$ 1,6 milhão.

Em entrevista ao Política Dinâmica, a presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Piauí (Sindepol), delegada Andrea Magalhães, disse que estará acompanhado essa mudança. Segundo ela, existem problemas na gestão do setor, especialmente no interior, onde há dificuldade de deslocamento e diárias atrasadas.

“Com a autonomia pode ser que melhore [a situação], mas é preciso ter verba para gerir a autonomia. A questão não é só uma descentralização administrativa, necessita também de uma autonomia de fato e de ordem orçamentária. (...) Prover de maneira suficiente. Não somente colocar o valor, não ser suficiente e achar que deu autonomia à instituição”, disse.

Citando como exemplo o Ministério Público, a delegada Andrea disse que com a autonomia, os órgãos devem ter condições de gerir a sua estrutura de forma adequada. 

“Se a autonomia vier suficiente do ponto de vista financeiro, a população e a instituição tende a ganhar muito por que vai dar para a máquina andar de maneira mais rápida e mais eficiente, ao invés de passar por toda uma situação de burocracia”, pontuou.

LEIA TAMBÉM:
“Vai se instalar o caos”, diz delegada Andrea Magalhães

Comente aqui