“CORAJOSO É NÃO ASSUMIR BANDEIRA”, DIZ CHICO LUCAS


por Lídia Brito

A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Piauí ofereceu um café da manhã em homenagem aos jornalistas na data em que o dia do profissional é comemorado em todo país. Durante o evento, o presidente da Ordem, Chico Lucas, destacou a importância do profissional da comunicação para a democracia e lembrou a importância da liberdade de expressão no momento de radicalismo político que vive o país.

Para Chico Lucas, no momento de crise política, a imprensa tem o papal de contribuir para o fortalecimento da democracia. “Estamos homenageando os jornalistas para mostrar a importância desse profissional e do advogado trabalharem juntos. As duas instituições historicamente sempre estiveram juntas na luta pela democracia desde o período do Estado Novo quando foi fundada a OAB e ABI – Associação Brasileira de Imprensa. Hoje não poderia ser diferente”, destacou.

O presidente criticou a polarização da discussão políticas entre o grupo contra e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele afirma que a discussão que era para ser partidária, se tornou uma lutas de “apaixonados” que ameaça a liberdade de expressão.

“Temos que aprender a conviver com a divergência. O problema hoje é que há um radicalismo muito grande. As pessoas estão nos polos, mas quem encontra-se distante desse polos e não defende nenhuma bandeira é acusado de ser omisso. Essa radicalização é negativa. Temos que ter equilíbrio. A pessoa pode ter seu lado e ao mesmo tempo uma posição mais conciliadora. Nesse momento a posição mais corajosa é não assumir nenhuma bandeira porque isso contraria os interesses dos dois lados. Cito uma frase que vi que fala que a pessoa que encontra-se acima dos muros quer na verdade quebrar e superar esse muros que dividem. Vivemos uma luta apaixonada que leva a radicalização. Deve-se aceitar a opinião contrária”, declarou.

PROTESTO

O evento na OAB foi marcado por protestos dos jornalistas contra a desvalorização da categoria e os baixos salários. Vestidos de preto, a categoria pediu uma posição do governo do Estado sobre as ameaças de demissões de profissionais da Fundação Antares. O grupo União dos Jornalistas apresentou um manifesto em defesa da classe.

O representante do grupo, jornalista Fábio Lima, defendeu a realização de concurso público para a Antares. “Existem pessoas que trabalham na Antares há 16 anos apenas com contrato. Neste período o contrato já foi renovado várias vezes. A solução seria a realização de concurso público. Esse movimento não é contra o sindicato, mas representa uma união de forças. O próximo passo será um mês de filiações em massa”, explicou. 

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