O ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), vai ser investigado pela Justiça Federal no Piauí. Ele é suspeito de receber R$ 210 mil em propina quando era ministro da Integração Nacional do governo Lula, em 2010.
A denúncia feita com base nos depoimentos de delatores da Odebrecht apontam um acordo de empreiteiras para a obra dos Tabuleiros Litorâneos de Parnaíba, nos municípios de Parnaíba e Buriti dos Lopes, no Piauí. O projeto de irrigação foi executado pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), órgão ligado ao Ministério da Integração.
Conforme os delatores, Geddel destravou a liberação de recursos públicos vinculados à obra dos Tabuleiros Litorâneos, que era tocada pela construtora Odebrecht em um consórcio com a Queiroz Galvão. Em troca, ele teria recebido vantagens da empresa.
O ministro Edson Fachin, responsável pelos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou a denúncia contra Geddel para a Justiça Federal no Piauí no dia 4 de abril. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também enviou os autos para a Procuradoria da República no Piauí.
Procurado pelo G1, o ex-ministro afirmou que não tem "nada a comentar" sobre as acusações.
OUTRA DENÚNCIA
Em outra petição, Fachin encaminhou para a Justiça Federal da Bahia a denúncia dos delatores Cláudio Melo Filho, Marcelo Odebrecht e João Antônio Pacífico Ferreira, de que Geddel recebeu vantagens não contabilizadas para campanha nos anos de 2006 e 2014. A propina seria paga em contrapartida para aprovação da Medida Provisória nº 252/2005. Geddel ainda teria recebido ainda propina em relação a contratos do "Transporte Moderno de Salvador II (TMS II)".
Com informações do G1 e do Estadão
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