FIRMINO E WELLINGTON DIAS APARECEM EM LISTA DA ODEBRECHT


O prefeito Firmino Filho (PSDB) e o governador Wellington Dias (PT) são os principais piauienses que figuram na lista de políticos que receberam dinheiro da Odebrecht para campanhas eleitorais (foto: Jailson Soares / PoliticaDinamica.com)

por Francicleiton Cardoso e Lídia Brito

A Lava Jato está chegando cada vez mais perto dos políticos piauienses. Desta vez, os nomes do governador Wellington Dias (PT) e do prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), aparecem em tabelas divulgadas pela Polícia Federal, onde são listados possíveis repasses da Odebrecht. De acordo com o material divulgado, mais de 200 políticos de 18 partidos políticos teriam recebido dinheiro da empresa

O material foi apreendido na operação Acarajé, da Lava Jato, na casa de Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e liberado apenas ontem (22).

O prefeito de Teresina ainda não se manifestou oficialmente, mas o secretário de comunicação, Fernando Said, afirmou que não houve beneficiamento direto de Firmino com verbas da construtora, mas que o PSDB nacional pode ter recebido e listado o nome do prefeito.

“Na verdade, o Firmino recebeu dinheiro do PSDB nacional, a gente tá querendo fazer contato com o PSDB nacional para saber se ele recebeu dinheiro da Odebrecht e listou as pessoas com quem ia distribuir. Não houve repasses das construtoras para campanha. Mas o PSDB nacional deve explicar porque o nome aparece. Eles devem ter dito que queriam contribuição para as campanhas”, afirmou.

A soma de todos os recursos do PSDB enviados à campanha tucana em Teresina em 2012 chega ao valor de R$ 1,7 milhão.

Apesar dos números nas tabelas, ainda não se sabe qual é a unidade de valor a qual eles se referem. Há a possibilidade de que cada unidade seja de R$ 1.000,00 (hum mil), ou seja, a campanha de Firmino teria recebido R$ 500.000,00 em 2012. Não há referência sobre a campanha de Wellington Dias em 2014. Apenas um valor: R$ 300.000,00.

A assessoria de comunicação do Governo do Estado ficou de dar retorno sobre o assunto, mas até o momento da publicação da matéria, não haviam se manifestado. 

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