FALTA PLANEJAMENTO NA GESTÃO

As fortes chuvas que caem em Teresina em pleno Br-ó-Bró (período correspondente aos meses de setembro/outubro/novembro) têm causado transtornos a população que agora se preocupa com a chegada do período do inverno onde essas chuvas se tornarão mais intensas. Isso porque a cidade enfrente há vários anos o problema de drenagem urbana e ausência de galerias pluviais para escoar a água das chuvas, entretanto, a presença do poder público municipal poderia amenizar esses problemas.

Motorista de aplicativo fica com carro parcialmente submerso em alagamento no bairro Macaúba, zona Sul de Teresina.

Porém, bastou a cidade ser atingida por algumas chuvas mais intensas que o caos se instalou nas ruas da capital. São galerias entupidas devido a falta de limpeza, semáforos com defeito logo após qualquer respingo de água e sem o devido controle dos órgãos de trânsito o que poderia amenizar o trânsito caótico da cidade toda vez que chove.

Para o Teresinense, mesmo que falte a infraestrutura necessária para conter os estragos e transtornos causados pelas chuvas, a gestão municipal poderia ter um plano para prevenir os transtornos causados. “Aqui todo ano só piora, se antes as galerias eram insuficientes para escoar a água, agora está pior, parece que esqueceram de fazer a limpeza das galerias e com qualquer chuvinha a cidade alaga. Olha que não estamos nem no inverno, quero ver como vai ficar quando tiver chuva forte todo dia”, reclama o autônomo João Antônio.

Com a falta de transporte público, para o trabalhador não resta uma alternativa tirar o carro ou a moto na garagem de casa para se deslocar, isso quando tem um transporte próprio, caso contrário o jeito é pagar mais caro por um transporte particular. “A demanda aumenta em dia de chuva, mas também as ruas ficam com o trânsito horrível. Sem o transporte público, as ruas ficam cheio de carros e motos. Daí basta chover que os semáforos se apagam e não fica um guarda da Strans para orientar os motoristas. A cidade fica um caos”, reclama Augusto Carlos Saraiva, motorista por aplicativo.

Carro fica preso em alagamento na avenida Presidente Kenedy, zona Leste de Teresina, nesta sexta-feira (01º/10/2021)

Seja na zona Leste, tida como local de moradia de pessoas com maior poder aquisitivo ou na zona periferia, o problema da ausência de galerias é o mesmo e ainda causam transtornos para população. No bairro Torquato Neto, no extremo Sul da capital, a população ainda sofre com a falta de galeria prometida pela Prefeitura e até anunciada pela atual gestão, mas as obras nunca saíram do papel.

Já na zona Leste, a obra da Galeria que deveria resolver o problema de bairros São Cristóvão, Morros, Jockey, Morada do Sol e Ininga, paralisou e segue a passos lentos. A obra, tão sonhada por moradores, iniciou em 2020 ainda na gestão anterior da Prefeitura que na época dizia ter deixado os recursos assegurados para conclusão da obra, porém, a construção da Galeria da Zona Leste paralisou no início de 2021. Meses depois, em abril a Prefeitura sob a gestão de Doutor Pessoa anunciou a contratação de uma nova empresa e assinatura de contrato de mais de R$ 54 milhões para reinício da obra, que continua lenta e sem previsão para conclusão.

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