EVALDO GOMES DIZ QUE REFORMA POLÍTICA DEVE ACABAR COM COLIGAÇÕES

O deputado é “radicalmente contra” a implantação da lista fechada (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) apresentou um requerimento, na Assembleia Legislativa, onde convida o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) para discutir a reforma política e seus desdobramentos. Castro é membro titular da comissão especial que discute a reforma na Câmara dos Deputados. O convite deve ser estendido ao deputado Assis Carvalho (PT) e à Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais).

Para o parlamentar, a reforma política é “a mãe de todas as reformas”. Com a proposta de discussão, Evaldo acredita que possa sedimentar melhor os pontos da reforma e formular uma espécie de “diagnóstico” dessas propostas. Para ele, a reforma não pode ser aprovada “a toque de caixa”.

Um dos pontos polêmicos da reforma política é o uso de lista fechada nas eleições proporcionais. Ele afirma que esse modelo é um retrocesso e se coloca “radicalmente contra” a implantação do mesmo.

“É uma imoralidade. É o eleitor dar um cheque em branco para a classe política, por que o eleitor, com a lista fechada, não vai escolher de fato o seu representante para as câmaras municipais, as assembleias legislativas e a Câmara Federal. O eleitor vai dar essa prerrogativa para os partidos, por que eles é que vão dizer quem vai estar em primeiro, em segundo, terceiro. O povo perde o seu poder de decisão”, pontua.

“SISTEMA ELEITORAL É ATRASADO”

Evaldo avalia o sistema eleitoral vigente no Brasil como algo atrasado e que precisa de mudanças. No entanto, direcionar essas necessidades para a lista fechada não é a melhor alternativa, na sua opinião.

As soluções apontadas pelo parlamentar envolvem o fundo partidário e as coligações. Para ele, uma saída possível para reduzir o número de partidos no país pode ser construída a partir de uma cota de participação na Câmara Federal. Assim, ele defende que os partidos com pouca ou nenhuma representatividade nas casas legislativas não recebam o fundo partidário e não possam assumir a presidência de comissões.

Além disso, ele propõe a extinção das coligações. “Se você acaba com as coligações também contribui para a redução de partidos. Muitos partidos políticos sequer terão condições de eleger um deputado estadual, muito menos federal”, afirma.

PTC

Evaldo preside o diretório regional do Partido Trabalhista Cristão e afirma que as mudanças da reforma política que ele acredita serem importantes, como o fim das coligações, também valem para o PTC.

“A gente tem que cortar na própria carne. Para que o partido possa continuar sobrevivendo precisa de organização, de motivar os seus filiados a disputarem a eleição, seja homem ou mulher, a juventude. A motivação aos filiados de cada partido é que vai fazer com que as siglas tenha representatividade na Câmara Federal e nas casas legislativas. Não essa história que é preciso fazer uma lista”, declara.

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