EVALDO AFIRMA QUE É CONTRA O DISTRITÃO “NÃO POR OPORTUNISMO, MAS POR PRINCÍPIOS”

O deputado diz que fim de coligação é entrave para resolver a reforma política (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A reforma política segue sendo debatida na Câmara dos Deputados. Na madrugada da última quinta-feira (10), a comissão que debate a reforma aprovou o “distritão”, além de dobrar o valor previsto de recursos públicos que serão usados para financiar campanhas eleitorais. Este seria o Fundo Especial de Financiamento da Democracia, orçado em R$ 3,6 bilhões.

Em entrevista à imprensa, o deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) falou sobre a reforma política. Para ele, o distritão é nocivo em vários pontos e destacou a retirada de direitos de minorias, como as mulheres, que terão dificuldade em serem eleitas.

“Eu não acredito que o distritão possa passar, principalmente por causa dessa divergência que ocorre dentro da discussão e do debate na Câmara Federal. Acho que o consenso que deve permanecer é a posição do relator da reforma política que leva essa decisão de fim de coligação e de voto distrital e lista fechada para o ano de 2020 e 2022. Acho que a Câmara Federal deve aprovar essa proposta. É a mais sensata e resolve definitivamente”, declarou.

O fim da coligação é, para o parlamentar, “talvez o maior entrave da reforma política e do sistema eleitoral brasileiro”.

ESTRATÉGIA DO PTC
Questionado pela reportagem do Política Dinâmica sobre o que muda na estratégia do PTC se passar o distritão, Evaldo afirmou que nada será alterado. Em resposta a eventuais críticas que possam surgir sobre a sua posição - já que o distritão pode prejudicar seu desempenho nas eleições - ele disse que é contra o modelo “não por oportunismo, mas por questão de princípios”.

“Não muda nada. O PTC tá bem, organizado hoje em 12 estados. Não sei se a gente consegue eleger 12 deputados federais, mas elege aí uma média aí de 5 a 8 deputados. Queremos reconhecer que somos um partido pequeno e vamos pra luta”, pontuou.

CLÁUSULA DE BARREIRA
A reportagem também questionou o deputado se a aprovação da cláusula de barreira pode ser negativa e extinguir partidos pequenos.

“Nós não temos que olhar para o nosso umbigo. Tem que existir a cláusula de barreira. Se não existir a cláusula de barreira você vai continuar a ter no Brasil 40, 50 partidos. Partidos com pouca representatividade em nível nacional. Ela serve pra reorganizar o sistema partidário no Brasil. Sou favorável”, destacou.

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