Especialistas do Banco Mundial fazem monitoramento do dique do Rio Parnaíba

Uma equipe de especialistas esteve em Teresina esta semana para fazer um monitoramento do dique do Parnaíba. São consultores, especialistas em barragens, contratados pelo Programa Lagoas do Norte e pelo Banco Mundial, órgão financiador do programa, que fizeram uma visita à estrutura do dique para verificar a situação atual.

A necessidade de reestruturação do dique já foi constatada pelos especialistas que integraram os painéis de segurança realizados pelo Programa Lagoas do Norte. No último painel, ocorrido no ano passado, os especialistas comprovam que o dique, atualmente, não apresenta condições de garantir a segurança da população caso ocorra o mesmo fenômeno de cheia dos rios como no ano de 1985. A população afetada em toda a região é de cerca de 100 mil pessoas.

As informações coletadas, segundo a diretora geral do Programa Lagoas do Norte, Márcia Muniz, nortearão o estudo técnico aprofundado que será realizado por uma empresa. “Sabemos que a estrutura do dique sofreu diversas intervenções ao longo do tempo, comprometendo sua capacidade de proteger a população. Os especialistas estão acompanhando a situação do dique, coletando informações nos aspectos hidráulicos, ambientais e sociais, que nortearão um estudo aprofundado. Esse estudo será realizado por uma empresa, contratada através de licitação, que será aberta até o final do mês”, explica.

Ainda de acordo com Márcia Muniz, o estudo deverá apresentar ao menos três alternativas de intervenção na estrutura do dique, levando em consideração a estrutura do rio, suas margens, a população que vive nas proximidades, o meio ambiente e as estruturas viárias já consolidadas na área.

O dique é uma obra de engenharia hidráulica que tem a finalidade de manter determinadas porções de terra secas através do represamento de águas correntes. Construído em 1974 com a finalidade de barrar as águas do Rio Parnaíba, o dique foi sofrendo interferências em sua estrutura e se transformou numa das principais avenidas de acesso a vários bairros da zona norte. O único reparo em sua estrutura ocorreu durante a enchente de 1985, em que milhares de famílias ficaram desabrigadas.

Fonte: Ascom PMT

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