Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Em entrevista à imprensa, o desembargador do TRE Edvaldo Moura comentou as dificuldades e desafios à Justiça Eleitoral no que diz respeito à lisura das eleições. O Tribunal já começa a se planejar para a realização do pleito de 2018 e a preocupação com a correção do processo é retomada, visto que as irregularidades cometidas por políticos e partidos são recorrentes.

“Gostaríamos muito que não se falasse mais em corrupção eleitoral, que não se falasse mais em compra e venda de voto, em abuso de poder político e econômico. Para [tentar barrar] isso nós temos a ação Justiça Eleitoral e Cidadania, voltada para o cidadão, buscando conscientizar o eleitor sobre a importância do ato de votar e, mais do que isso, votar livre e conscientemente”, afirmou.

Moura comenta também as mudanças ocorridas nos últimos anos. Elas afetam o sistema como um todo.

“A Justiça Eleitoral mudou de forma significativa, principalmente depois de 1986 com o recadastramento eleitoral feito pelo ministro Néri da Silveira. Vieram, portanto, urna eletrônica, biometria, urna eletrônica agora com o voto impresso, todas essas são mudanças que efetivamente mostram a marca da justiça”, declarou.

O desembargador afirmou os esforços da Justiça Eleitoral para que a eleição de 2018 ocorra dentro da normalidade e do que é previsto pela lei. Vale lembrar que a eleição de 2014 teve campanhas com inúmeras denúncias ao Tribunal Superior Eleitoral.

O caso mais emblemático é a chapa Dilma-Temer, recém absolvida pelo TSE de todas as denúncias feitas. Uma delas, feita pelo PSDB, alegava que foram cometidos os crimes de abuso de poder econômico e político e recebimento de propina.

No ano passado, uma semana antes das eleições para prefeito e vereador o TSE já tinha registrado 32 mil denúncias de irregularidades apenas pelo aplicativo Pardal.