CASAS SEM ÁGUA E CARROS-PIPA: ENZO SAMUEL COBRA CUMPRIMENTO DE ACORDO COM INSTITUTO DE ÁGUAS

Enzo Samuel questiona falta de soluções para a falta d'água no Jacinta Andrade (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A falta de abastecimento de água no residencial Jacinta Andrade, zona norte de Teresina, é objeto de preocupação do vereador Enzo Samuel (PCdoB), que pautou o tema durante sessão plenária da quarta-feira (7). No início do ano, os moradores ficaram mais de 20 dias sem fornecimento de água nas casas, o que prejudicou especialmente os cadeirantes residentes ali.

“Chega [ao ponto] da população de um dos maiores projetos habitacionais pedir um carro-pipa para ter abastecimento de água. Eu acho que isso é grave”, disse em entrevista ao Política Dinâmica.

O problema é recorrente e a população reclama, o que não é exclusividade deste conjunto habitacional e ocorre com certa frequência em outros bairros de Teresina. Enzo explica que desde a inauguração do residencial a população sofre com o problema. Uma audiência pública foi realizada há duas semanas para tratar do assunto, com participação de vereadores e lideranças.

“A Agespisa mandou um representante para a audiência pública que pra mim é uma brincadeira ir para uma audiência e não apresentar nada com resolutividade, ou seja, você vai pra lá só pra escutar as críticas e não apresenta solução. Isso, pra mim, é não dar atenção à reivindicação do povo. É uma forma absurda”, declarou.

O parlamentar cobra o cumprimento de um acordo feito com o Instituto de Águas no ano passado. “Antes de assumir o mandato tivemos uma reunião com o Instituto de Águas e o gestor se comprometeu que até o final de dezembro de 2016 o problema estaria resolvido e isso não aconteceu.

ENCAMINHAMENTOS

Enzo Samuel denunciou ainda a situação do Centro Estadual de Educação Profissional Corina Machado Vieira, que para ele “é o fator mais grave acontecendo no Jacinta Andrade”: os alunos estão frequentando as aulas, mas não há fornecimento de água para o estabelecimento de ensino. As denúncias foram feitas por funcionários e estudantes.

“Vamos solicitar para a Secretaria de Educação que possa implantar novos bebedouros lá, que seja através de água mineral ou outra fonte, para que não dependa da Agespisa e as crianças tenham água pelo menos para consumo próprio”, assinalou.

O comunista vai propor também uma audiência pública na Câmara Municipal de Teresina para debater o caso, a ser realizada ainda este semestre. Serão convocados os vereadores, a Agespisa e órgãos responsáveis do Governo do Estado. Ele pede “um projeto para Teresina” no que se refere ao abastecimento de água para os próximos anos.

A reportagem tenta contato com o Instituto de Águas e a Secretaria de Educação para comentar as denúncias. O espaço está aberto para esclarecimentos.

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