CÂMARA INVADIDA

por Erisnaldo Kaenga e Viviane Menegazzo

Na manhã dessa terça-feira (09), servidores municipais fizeram uma ocupação da Câmara dos vereadores com o objetivo de impedir a votação do projeto de reajuste salarial dos servidores da Prefeitura de Teresina. Com a invasão, a sessão foi suspensa e a votação adiada para quarta-feira (10).

A presidente do (Sindiserm) Leticia Campos, disse que a invasão se fez necessária por falta de diálogo da Prefeitura. “Alguns vereadores tentaram fazer uma mediação, mas a Prefeitura segue intransigente. Hoje houve a tentativa de passar o projeto sem diálogo, inclusive diante de uma solicitação de um vereador da casa para que esse projeto fosse tirado de pauta. Mas o presidente interino, Jeová Alencar(PTB), tentou tensionar para que esse projeto fosse votado e só restou aos servidores municipais ocupar o plenário e fazer resistência para que o prefeito venha conversar com a categoria”, disse.

Letícia diz não entender porque o prefeito não quer conversar com a categoria. “Na verdade não se explica porque o prefeito se nega a conversar com os trabalhadores, mas sabemos como são as gestões do PSDB. A prefeitura vem sustentando salários altíssimo, fora do padrão de vida dessa cidade, de 47 mil, de 28 mil dos secretários municipais, por isso a categoria não está convencida de que esse é o reajuste que o prefeito pode dar de fato. Exigimos os 55%”, destacou a presidente.

Para o vereador Jeová Alencar que presidia a seção nessa terça-feira este tipo de ação é desrespeitosa. “Alguns desses manifestantes são partidários travestidos de sindicalistas. Minha vontade era que esse projeto fosse votado hoje, mas diante da situação, da tomada do plenário, ele será votado na seção de amanhã, sem falta”, declarou o vereador.

Para Jeová Alencar, no momento econômico em que o Brasil está passando, a atitude do prefeito de conceder reajuste aos servidores é corajosa. “O prefeito está tendo hombridade de dar esse aumento em momento de crise econômica. E não justifica tamanha baderna, uma vez que o prefeito conversou com todas as categorias, e esse aumento contempla 100% dos servidores, é um aumento significativo nesse momento de crise”, pontua.

Vereadores de oposição criticam a posição de Firmino em não dialogar. Para o vereador Paixão, do PT, foi feita a tentativa de dialogo com o prefeito, e ele resiste conversar com a categoria. “Existe um parecer da Câmara sobre seu projeto que é inconstitucional, referente ao artigo 19 da Constituição, que se refere a salários menores que o mínimo, e o prefeito não apresentou suas razões para dar apenas esse reajuste, então nós estamos ai vendo a resistência da categoria”, ressalta.

Paulo Roberto da iluminação, do PTB, diz que é a favor de manifestações tranquilas, mas diz que os servidores foram instigados pelo presidente a se posicionarem invadindo plenário. “Aconteceu um fato aqui, o presidente tentou forçar uma votação sem que houvesse negociação, ele foi inábil nessa situação, ai os servidores se revoltaram e invadiram a sessão”, declarou Paulo Roberto.

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