por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

Embora o Ministério da Cultura tenha voltado por decisão do presidente interino Michel Temer, artistas não pararam de fazer manifestações. Agora, o protesto é para além da cultura e pede a saída de Temer da presidência. No Piauí, os atos isolados deram origem hoje a um movimento que ocupou a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Teresina. A ocupação, que acontece de maneira pacífica desde a manhã de hoje (23), foi apoiada por alguns funcionários do Instituto.

Ricardo Pereira, historiador do Iphan, garante que a ocupação é válida para repensar atitudes políticas que se vive no país. “Eu vejo essa ocupação como um momento importante da história da instituição, porque é um momento em que a gente percebe que os grupos culturais, do patrimônio, se preocuparam com a extinção do Ministério da Cultura e já saiu vitorioso. Além disso, é um movimento que vem discutindo a própria situação instalada no país”, afirma.

O superintendente do órgão, Fabio Ferreira, aproveitou o momento para levantar também as suas insatisfações e afirmou que é necessário que se lute por uma nova sede para o Instituto, que segundo ele, funciona no “quintal do Dnocs”.

Pelo menos vinte artistas e estudantes participam da ocupação e reivindicam a saída de Temer e melhorias diretas no país. Os ocupantes devem permanecer no local por tempo ainda não determinado.