por Erisnaldo Kaenga e Viviane Menegazzo

Mesmo sob protestos dos servidores municipais, que ocuparam o Plenário da Câmara desde ontem (09), vereadores da capital realizaram a sessão no Plenarinho e aprovaram o projeto que dá aumento para os servidores da Prefeitura. O projeto foi aprovado por 20 votos a favor, 7 abstenções e 2 votos contra.

Após a votação, os servidores desocuparam a Câmara, mas permanecem em paralisação. “Iremos fazer todos os questionamentos jurídicos cabíveis neste caso, além de uma mobilização denunciando o que aconteceu nesta casa hoje”, falou a presidente do Sindiserm, Letícia Campos. Ela adiantou ainda que já está sendo organizado uma forte campanha politica contra a Câmara Municipal que segue votando projetos inconstitucionais. “É uma vergonha muito grande para esta casa, que tem a responsabilidade de fiscalizar o executivo, votar projetos inconstitucionais”. 

Segundo Letícia Campos há uma contradição no que o prefeito Firmino Filho(PSDB) anda falando a respeito do projeto de reajuste da prefeitura. “Na verdade é só olhar o projeto de lei. Ele diz que está dando um reajuste de 7 a 25%. Isso não é verdade, o próprio projeto de lei coloca 1 por cento, excluindo categorias, e depois mais 6%. Está no texto da lei, então não existe reajuste de 25 por cento. Mesmo com esse discurso de que o servidor não vai ganhar menos de mil reais por mês, não vai resolver o problema dos vencimentos básico deles, pois isso vai se dar através de gratificações que não vão para aposentadoria que é quando o servidor mais precisa”, ressalta.

A MANIFESTAÇÃO 

Os servidores municipais estavam acampados na Câmara de Vereadores de Teresina desde ontem (09) pela manhã. O projeto deveria ter entrado em primeira votação ontem, mas com a ocupação dos servidores foi adiado para hoje (10). Aproximadamente 30 policiais militares tentaram desocupar o recinto, mas os manifestantes permaneceram até a manhã de hoje.

A prefeitura de Teresina publicou nota nos jornais impressos locais hoje afirmando que o projeto assegura reajuste a todos os servidores, indo de 1 a 25% de acordo com a categoria, e que em um momento de crise financeira do país é o que pode ser concedido.

Apesar disso, os servidores declaram que o projeto é inconstitucional e pedem uma negociação com o prefeito, que se recusa a receber a categoria. A paralisação dos servidores da prefeitura já dura quase um mês.