ANTONIO NETO DIZ QUE PIAUÍ PRECISA INVESTIR MAIS PARA DOBRAR O PIB

Antônio Neto diz que o Piauí precisa investir mais para dobrar o PIB (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O secretário de planejamento do Estado Antônio Neto esteve presente nesta terça-feira (29) na Câmara Municipal de Teresina, acompanhando sua esposa, a vereadora Rosário Bezerra (PT). O secretário comenta os desafios do Piauí em meio ao contexto de crise, que “passa por dificuldades como todos os estados da federação”, dos quais dez não conseguiram pagar em dia seus servidores no exercício de 2016.

“Nosso sonho é o Estado investir mais. Nós precisaríamos, para dobrar o nosso PIB, investir pelo menos 12 bilhões de reais por ano. Nós estamos investindo em torno de 4 bilhões [de reais]. Então, há um déficit”, afirma, colocando a entrada do setor privado com projetos de energia eólica e solar como um fator importante para mudar esse quadro.

Sobre a questão dos recursos da repatriação, o secretário diz que já houve um ingresso de R$ 150 milhões e tem outro das multas que está previsto, mas houve um “imbróglio” entre os governos estaduais e federal. “O governo federal tomou uma decisão na reunião conjunta com os governadores e depois está tomando outra atitude. Houve uma divergência e ontem houve um recuo nesta questão”, e completa dizendo que esses recursos apenas recompõem as perdas da arrecadação e apenas representam um adicional.

O levantamento feito até agora pelo secretário é de que já foram investidos, neste ano, mais de R$ 3 bilhões em obras. No entanto, o secretário não nega que o Piauí também sofra os efeitos da crise. “A queda da arrecadação de receitas do fundo de participação, o ICMS cresceu, mas não cresceu na mesma proporção. Quando a atividade econômica está reduzida, em recessão, afeta o desempenho da economia e, portanto, afeta a geração de imposto e tributo, mas mesmo assim nós conseguimos sobreviver”, avalia.

A perspectiva para 2017 é de um ano difícil e ainda de crise, na análise de Antônio Neto, mas que apresentará um “fôlego” na economia. Desenhado este quadro, o secretário diz que é preciso “planejar 2017 com muito cuidado, equilíbrio e capacidade de enfrentamento dos problemas”, finaliza.

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