A CORRIDA PELA PRESIDÊNCIA DO SENADO

Olímpio e Renan despontam (Fotos: 1-Ananda Borges/Câmara 2-Sérgio Lima/Poder360)

Em 1º de fevereiro o Senado Federal vai eleger o novo presidente da Casa e respectivamente do Congresso Nacional. O escolhido assumirá a vaga do senador Eunício Oliveira (MDB-CE), que não se reelegeu para um novo mandato nas últimas eleições.

Uma decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal) na 4ª feira (9.jan.2019) derrubou uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello e determinou que a escolha para a presidência do Senado seja realizada com voto fechado.

A regra tende a dar um sopro de esperança para políticos mais estabelecidos na Casa, a chamada “velha política”. Congressistas poderão apoiar nomes já conhecidos –e investigados– sem precisar enunciar seus votos perante os colegas e os eleitores.

Assim, o favoritismo do veterano Renan Calheiros (MDB-AL) cresce ainda mais. O alagoano, apesar de ter se envolvido em discussões calorosas antes do recesso parlamentar, mantém relações positivas com a maior parte dos senadores que permanecem em exercício. Além disso, Calheiros tem forte apoio de nomes que retornam à Casa.

Entretanto, o sigilo na votação não é garantia total para que o emedebista tenha êxito. O alagoano já foi alvo de 18 inquéritos no STF e é personagem recorrente em delações premiadas da Lava Jato. Nove casos envolvendo o senador foram arquivados até o momento.

Temendo a eleição de Calheiros, o partido do presidente Jair Bolsonaro lançou Major Olímpio (PSL-SP) como candidato à presidência do Senado. O emedebista é considerado hostil para o novo governo, principalmente para aprovar agendas futuras.

Outros nomes podem se lançar na disputa (Fotos: Reprodução/Internet)

Na corrida, Olímpio e Calheiros podem enfrentar Esperidião Amin (PP-SC), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Simone Tebet (MDB-MS).

O número alto de concorrentes é novidade no Senado. Isso fez com que o atual presidente, Eunício Oliveira, estabelecesse, em questão de ordem apresentada no fim de 2018 pelo então senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que somente será eleito aquele que obtiver votação superior a 41 votos, entre os 81 senadores.

O presidente do Senado é também presidente do Congresso Nacional e o terceiro na linha de substituição da Presidência da República, logo após o presidente da Câmara, cadeira atualmente ocupada pelo deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Em uma contagem preliminar, o governo conta com o apoio de dois partidos: PSL e PR, que somam 6 senadores. Entre as principais discussões sobre quem formará a nova Mesa Diretora é a aprovação da reforma da Previdência. Por se tratar de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), são necessários, ao menos, 49 votos no Senado.

Fonte: Poder360

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