27 MULHERES JORNALISTAS ESTÃO PRESAS NO MUNDO, DENUNCIA ONG

Algumas das jornalistas mulheres que estão presas (Crédito: RSF)

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou que 27 mulheres jornalistas estão presas atualmente no mundo. A contagem foi divulgada na quinta-feira (7), véspera do Dia Internacional da Mulher, juntamente com um apelo da entidade para que as profissionais seja libertadas imediata e incondicionalmente.

Entre os 334 jornalistas presos listados pela organização no final de fevereiro deste ano, 27 deles (8%) são mulheres. Há 5 anos, somente 3% dos 356 jornalistas detidos eram mulheres.

"Vinte e sete mulheres jornalistas estão atualmente privadas de sua liberdade por seus escritos ou palavras corajosas. Elas não são poupadas de nada: vítimas de condenações muitas vezes desproporcionais e injustas, devem, como seus colegas, suportar as mais difíceis condições de detenção, quando não são torturadas e assediadas sexualmente. A RSF pede a sua libertação o mais rapidamente possível e apela às Nações Unidas para que se mobilizem em torno desses diversos casos", diz Christophe Deloire, secretário geral da RSF.

As prisões de mulheres jornalistas concentram-se atualmente em nove países. O Irã e a China têm o maior número dessas profissionais atrás das grades: sete em cada país. A Turquia, que há quase duas semanas libertou a jornalista e ilustradora curda Zehra Dogan, vem logo atrás com quatro detidas. A Arábia Saudita tem três, o Vietnã duas, enquanto Egito, Bahrein, Síria e Nicarágua possuem uma detida cada. 

Seus artigos ou postagens nas redes sociais fazem com que estejam na mira das autoridades de seus países. No entanto, essas jornalistas acabam, com frequência, sendo processadas por "propaganda e pertencimento a um grupo terrorista", como na Turquia e no Egito, ou por "contatos suspeitos com entidades estrangeiras", como na Arábia Saudita. Acusações vagas e não comprovadas que servem para justificar as penas mais pesadas de prisão.

Fonte: Portal Imprensa

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