O PMDB VAI PRA CIMA

por Marcos Melo

Themístocles Sampaio Filho, presidente da Assembléia Legislativa do Piauí, mudou seu domicílio eleitoral de Esperantina para Teresina. Ele quer devolver ao PMDB o espaço político na capital. Isso, claro, lhe beneficia na mesma proporção, e, desde já, aumenta a dificuldade do prefeito Firmino Filho em articular sua reeleição.


Contra Firmino, Themístocles enxerga em 2016 é a oportunidade de fortalecer o PMDB e preparar seu grupo para uma eleição unificada

As eleições de 2012 não foram boas para o PMDB em Teresina. Embora tenha faltado muito pouco para o partido emplacar a vice-prefeitura, essa possibilidade foi por água abaixo com a derrota de Elmano Ferrer (PTB), que tinha o ex-deputado federal Marllos Sampaio ao seu lado.

Naquela oportunidade, sob o comando de Marllos, o PMDB investiu tanto esforço na campanha majoritária que, na proporcional, terminou por eleger apenas um vereador. Justamente o atual presidente da CMT, Luiz Lobão, que votou em Firmino e contra seu partido. Com a mudança de controle — e apesar do mesmo sobrenome — a história muda completamente. Os erros serviram de lição e o momento é, agora, completamente diferente.

Reforçado por sua quinta reeleição na Assembléia Legislativa — desta vez, contra o Governo do Estado e contra a Prefeitura de Teresina —, o deputado estadual Themístocles Filho quer retornar a “musculatura” histórica da sigla na capital. Não se sabe, ainda, se ele mesmo será candidato a prefeito de Teresina, hipótese viável, mas pouco provável. Outras possibilidades rondam os quadros do PMDB, como o ainda hoje tucano Silvio Mendes, ex-prefeito convidado mudar de filiação partidária. Certo é que o PMDB estará contra o esquema do prefeito Firmino Filho.

A mudança de domicílio eleitoral de Themístocles é um sinal claro de que ele quer conduzir o processo. A movimentação fez os mais apressados em apoiar a reeleição estacionarem no acostamento. O próximo passo do PMDB é reconstruir uma chapa proporcional, que garanta a capilaridade necessária para sustentar uma candidatura majoritária, ou se dar ao luxo escolher de qual candidato quer ser vice para decidir a eleição. 

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