Terceiro dia da CPI prevê acareação entre réus

O terceiro dia da CPI da Petrobras em Curitiba, nesta quarta-feira (2), prevê uma acareação entre os investigados da Operação Lava Jato Augusto Mendonça, ex-executivo da Toyo Setal, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT).

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que a acareação seria entre três presos da Lava Jato. Augusto Mendonça é investigado, porém não está preso. A informação foi corrigida às 9h04 desta quarta-feira (2).)

Duque e Vaccari estão presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitba, e respondem pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Augusto Mendonça é delator do esquema.

Os deputados também pretendem ouvir o publicitário Ricardo Hoffmann e o lobista Fernando de Moura. A CPI investiga fraudes em contratos da Petrobras com empreiteiras. A sessão está marcada para começar às 9h, no prédio da Justiça Federal, no bairro Ahu.

De acordo com as investigações, a agência de publicidade dirigida por Hoffmann era contratada pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Saúde. A agência fazia subcontratações de fornecedoras de materiais publicitários e Hoffmann tinha como sócios o ex-deputado André Vargas e seu irmão, Leon Vargas.

As produtoras pagavam à Borghi Lowe o chamado “bônus de volume”, que consiste em uma comissão pelo trabalho recebido. A prática é considerada de praxe no mercado publicitário.

Entretanto, no caso investigado, o valor não era repassado à agência, mas às empresas LSI e Limiar, que pertenciam ao ex-deputado André Vargas e ao irmão de Leon Vargas.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), o bônus de volume envolvendo as empresas da família Vargas foi de 10%.

As investigações, afirmam os procuradores, comprovaram que tanto a Limiar como a LSI eram empresas “de fachada”, que só funcionavam para receber as vantagens indevidas prometidas ao ex-deputado pela influência na obtenção dos contratos de publicidade

Já o lobista Fernando Moura é acusado de representar José Dirceu na Petrobras, e é apontado pelo MPF como responsável pela indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da estatal.

Fonte: G1.

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