Manifestantes contrários ao projeto de lei (PL 5.069/13) que transforma em crime contra a vida o anúncio de meios, substância, processo ou objetos abortivos, fizeram hoje (30) uma passeata com passeata na Avenida Paulista.
Os coletivos, movimentos de mulheres e simpatizantes da causa também pedem a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor da propsotsa. Às 18h20, o grupo fechou os dois lados da avenida na altura da Praça do Ciclista.
O texto do PL, aprovado no dia 21 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 37 votos a 14, ainda criminaliza e cria penalidades para quem induz, instiga ou auxilia um aborto.
"Nos reunimos hoje porque o PL 5.069, aprovado na CCJ, dificulta o acesso à profilaxia para vítimas de estupro e pode, inclusive, impedir o acesso à pílula do dia seguinte", disse a militante do coletivo Juntas, Samia Bonfim.
Samia explicou que hoje existem dois tipos de aborto legalizados: quando o bebê é anencéfalo e para vítimas de estupro. "Essas mulheres podem procurar o hospital, não precisam apresentar boletim de ocorrência, nem exame de corpo de delito. Elas dizem que foram estupradas e com isso conseguem fazer o procedimento, inclusive todo tipo de profilaxia", disse.
No PL 5.069, a mulher precisará passar por todo esse procedimento policial, acrescentou Samia. "Isso é complicado, porque para a mulher que foi estuprada já é muito difícil. Aí tem que se submeter a essa situação e comprovar que foi estuprada", disse a militante.
Fonte: Agência Brasil.
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