MPF pede condenações de executivos ligados à Mendes Júnior

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, em alegações finais, as condenações de acusados ligados à Mendes Júnior, empreiteira investigada pela Operação Lava Jato. Sérgio Cunha Mendes, Rogério Cunha de Oliveira, Ângelo Alves Mendes, Alberto Elísio Vilaça Gomes e José Humberto Cruvinel Resende respondem a acusações de crimes cometidos em contratos com a Petrobras.

Além deles, o MPF pediu condenações para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para o doleiro Alberto Youssef e para outros acusados de operar o esquema.

As defesas dos acusados têm até o dia 26 de junho para apresentar as alegações e, então, o processo está finalizado para sentença do juiz federal Sergio Moro. Este é o terceiro processo contra executivos de empreiteiras em que o MPF apresenta as alegações finais – os procuradores já haviam pedido condenações de executivos da Camargo Corrêa e da OAS.

Além das condenações, o MPF pede o pagamento de R$ 30.349.339,84 por perdimentos do produto e proveito dos crimes. O valor é correspondente ao valor de 1% de todos os contratos e aditivos com a Petrobras de que participou a Mendes Júnior, emq ue houve pagamento de propina a agentes públicos e privados.

Os procuradores requerem, ainda, R$ 207.296.068,31referentes ao dano mínimo que deve ser ressarcido à estatal. O cálculo foi feito em 3% do valor de todos os contratos e aditivos em que houve corrupção de empregados da Petrobras, conforme o MPF.

Na ação, foram examinados contratos da Mendes Júnior com a Refinaria de Paulínia (Replan), da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), do Terminal Aquaviário Barra do Riacho, da Refinaria Gabriel Passos, e dos Terminais Aquaviários de Ilha Comprida e Ilha Redonda.

Na petição, o MPF ressalta que, em virtude de acordos de delação premiada, o juiz Sergio Moro deve levar em consideração no cálculo da pena os acordos de colaboração de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. O documento requer também o desmembramento da ação contra Ricardo Pessoa, executivo da UTC, por conta de acordo de delação em andamento.

Fonte: G1. 

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