Lewandowski pede 'colaboração' no combate ao crime organizado

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, pediu nesta quarta-feira (2) a autoridades nacionais e estrangeiras "colaboração" para o combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro.

Para Lewandowski, que fez o discurso de abertura de seminário internacional sobre o tema no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a colaboração é "condição" para o êxito das ações contra esses crimes.

“É chegada a hora de as autoridades locais e estrangeiras se unirem na luta, sem tréguas, contra esses tipos de criminalidade, que deitam raízes na persistência de um sigilo bancário hermético e na existência de paraísos fiscais impenetráveis”, declarou Lewandowski. “A colaboração jurídica nos planos interno e externo constituem condição para o êxito no combate desse flagelo moderno que atinge a todos os países indistintamente”, disse.

No Brasil, a principal investigação em andamento contra o crime organizado e a lavagem de dinheiro é a Operação Lava Jato, que apura desvio de dinheiro de contratos da Petrobras e de outras estatais para pagamento de propina a políticos e ex-diretores das empresas.

Além do presidente do STF, participaram do seminário o ministro Francisco Falcão, presidente do STJ, o ex-ministro do STF Carlos Ayres Brito e o primeiro-presidente da Corte de Cassação da Itália, Giorgio Santacroce.

No discurso, o italiano, que atuou na Operação Mãos Limpas -- de combate à corrupção na vida política italiana --, seguiu a linha de Lewandowski e afirmou que o crime organizado "não tem fronteiras".

"Para existir, o crime organizado se aproveita da divisão do mundo, de diferentes legislações e capacidades de combate ao delito", considerou Santacroce.

Fonte: G1.

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