Lava Jato deve durar mais dois anos, diz procurador

O procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou nesta sexta-feira (17) que as investigações do caso devem durar até mais dois anos. Ele esteve em Belo Horizonte para participar de um evento no Ministério Público Federal em Minas Gerais.

“A expectativa nossa é mais um a dois anos. Vamos nos esforçar para apurar a responsabilidade de todas as pessoas e buscar a punição de todos os criminosos e o ressarcimento dos cofres públicos”, disse. Deflagrada em 17 de março de 2014 pela Polícia Federal (PF), a Operação Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras.

Dallagnol afirmou também que considera a corrupção um problema do sistema e não de um partido ou de um governante e que o país precisa de mudanças estruturais para combater a prática.

“Corrupção não é um problema de um governante, não é um problema de um partido. É um problema sistêmico. Se nós queremos ser um país mais justo, com menos impunidade e com menos corrupção, nós devemos promover alterações estruturais e sistêmicas”, destacou.

No evento, na capital mineira, Dallagnol lançou o projeto “10 medidas contra a corrupção”que apresenta mudanças nos processos judiciários com o intuito de agilizar investigações de crime de corrupção. “Se nós queremos um país melhor, nós precisamos atuar sobre o sistema”, avaliou.

Ele acredita que se houver apoio e pressão popular, as medidas serão aprovadas. “Essas medidas foram encaminhadas para o procurador-geral da República, para o presidente do Senado, o senador Renan Calheiros. E nós aguardamos que essas medidas tramitem pelo Congresso e, vendo que a sociedade opoia, sejam aprovadas”, disse. Questionado sobre se as medidas haviam sido enviadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o procurador disse apenas que a proposta “foi encaminhada ao presidente do Senado”.

Fonte: G1. 

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