Esquema de corrupção atinge o Ministério do Planejamento

A 18ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira (13), investiga o desvio de até R$ 52 milhões em contratos no Ministério do Planejamento, afirmaram o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

Empresas do Grupo Consist Software, que assinaram, sem licitação, contratos com a pasta, faziam repasses a operadores da Lava Jato. Parte desses recursos foram arrecadados pelo operador Alexandre Oliveira Correa Romano, um ex-vereador de Americana pelo PT, que foi identificado na 18ª fase e preso nesta quinta. Outra parte foi para Milton Pascowitch, que assinou acordo de delação premiada e está em prisão domiciliar.

O Grupo Consist fazia a gestão do software para empréstimos consignados para servidores federais. Além de receber pelo serviço, o grupo ganhava uma taxa de administração para cada empréstimo feito.

Mais de 20% dos R$ 52 milhões desviados foram repassados, entre os anos de 2011 e 2014, à empresa de Jamp Engenheiros, de Milton Pascowitch, e posteriormente destinados a João Vaccari Neto, que então ocupava o cargo de tesoureiro do PT, segundo as investigações. O restante dos valores foi transferido a empresas indicadas por Alexandre Romano, como empresas de fachada, consultorias e escritórios de advocacia.

"O esquema de corrupção é grande, sistemático e deve ser combatido de forma veemente", afirmou o procurador Roberson Pozzobon. Segundo ele, operadores mostraram "audácia" ao continuar desviando dinheiro mesmo com as investigações em andamento, o que justifica as prisões cautelares.

Fonte: G1.

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