Ato na Paulista tem tumulto e boneco é esvaziado

Organizadores do ato com o boneco inflável do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário decidiram terminar o protesto deste domingo (30) na Avenida Paulista antes do horário pretendido depois que um grupo de apoiadores do governo foi à avenida para confrontar a manifestação. O boneco foi inflado às 11h e seria desmontado às 15h, mas o tumulto fez os organizadores mudarem de ideia. O boneco foi esvaziado às 13h55.

A Polícia Militar precisou fazer um cordão de isolamento para separar os dois grupos. Com ânimos acirrados, o grupo contra o boneco gritava "Não vai ter golpe" e chamavam os manifestantes de "fascistas". Com bandeiras do Partido dos Trabalhadores, eles pediam para o boneco ser demontado.

O grupo que organizou o ato, por sua vez, falou para os petistas irem protestar em outro lugar e afirmando que têm posições diferentes. Acusaram ainda os petistas de estarem recebendo R$ 50 para ir ao local. Antes, eles haviam discutido com um casal que se manifestou contra o boneco.

Os petistas comemoraram quando o boneco foi esvaziado e gritaram o nome de Lula. "Era para ficar mais tempo, mas não queremos conflitos", disse Heduan Pinheiro, de 34 anos, integrante do movimento Brasil Melhor e é um dos responsáveis por trazer o o boneco para Avenida Paulista. "Vamos encerrar em respeito aos cidadãos. Vimos que em São Paulo não dá para se manifestar livremente. Mas se voltarmos a nos manifestarem aqui, estaremos muito mais preparados", completou.

Mesmo após o boneco ser esvaziado, a discussão entre os dois grupos continuou.

O boneco inflável de 12 metros de altura e 500 kg com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com roupa de presidiário foi montado na manhã deste domingo na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Os organizadores do ato contra o ex-presidente e o governo federal levaram grades e contrataram seguranças particulares para proteger o boneco de atos de vandalismo, como o ocorrido na sexta-feira, quando o boneco foi furado por uma mulher que era contra o protesto.

Fonte: G1.

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