Repercutindo as negociações para aprovação, na Câmara, do ajuste fiscal proposto pelo governo, a bolsa de valores fechou com forte queda nesta quarta-feira. Depois de subir por três pregões consecutivos, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou com baixa de 1,63%, aos 57.103 pontos. Pelo lado do câmbio, o dia foi de desvalorização do dólar. A moeda americana caiu 0,72% ante o real, e encerrou cotada a R$ 3,0466.

As ações da Petrobras e da Vale, que dispararam nas últimas sessões, tiveram um pregão de correção dos preços. Os papéis da mineradora figuraram entre as maiores quedas do Ibovespa, mesmo com nova alta do valor do minério de ferro no mercado chinês — a China é o principal cliente da companhia brasileira. No caso da petrolífera, a quarta feira foi de confirmação, para o dia 15, da divulgação do balanço financeiro relativo ao primeiro trimestre.

Com baixa de 4%, a ação preferencial da gaúcha Gerdau também fechou entre os destaques negativos. A companhia divulgou seu balanço do primeiro trimestre, no qual apontou queda de quase 40% no lucro em comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos primeiros três meses do ano, a siderúrgica registrou lucro líquido de R$ 267 milhões, ante R$ 440 milhões em 2014.

Por aqui, o mercado repercutiu a tensão que voltou a cercar o Congresso. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) anunciou no fim da noite de terça-feira que o seu partido não apoiaria a Medida Provisória 665, que faz mudanças no seguro desemprego e no abono salarial e faz parte dos esforços para o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. No final desta tarde, contudo, Picciani declarou que a sigla será a favor do projeto.

No caso específico do câmbio, pesou para a queda do dólar o resultado ruim da criação de vagas nos Estados Unidos em abril. O setor privado americano gerou 169 mil postos no mês passado, menor número desde janeiro de 2014 e muito abaixo das expectativas de analistas.

Fonte: ZH Notícias