Após cumprir agenda oficial com Dilma, Levy permanece nos EUA

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, decidiu permanecer nos Estados Unidos mesmo após o encerramento da visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao país, nesta quarta-feira (1). Ele está em Washington, onde tem familiares, ainda sem data para retornar ao Brasil, segundo a assessoria de imprensa da pasta.

Levy chegou aos EUA no domingo. Antes da viagem, ele chegou a ser internado com diagnóstico de embolia pulmonar, em Brasília. Mesmo contra recomendação médica, fez questão de acompanhar a presidente e outros nove ministros na visita. Levy embarcou no sábado (27) em um voo comercial para Miami e depois seguiu para Nova York, onde encontrou a comitiva de Dilma.

O ministro está em Washington desde segunda-feira (29), onde participou das agendas da presidente Dilma na capital, como o jantar na Casa Branca oferecido pelo presidente Barack Obama. Levy não acompanhou, no entanto, os compromissos de Dilma em São Francisco, nesta quarta (1).

DIAGNÓSTICO
O ministro recebeu o diagnóstico de embolia pulmonar na noite de sexta-feira (26). Na quarta-feira (24) o ministro já havia dado entrada no mesmo hospital com suspeita de infarto. Ele passou por exames de tomografia e de sangue e foi liberado, já que a suspeita não se confirmou. No dia seguinte, durante o procedimento de revisão dos exames, foi constatada a embolia pulmonar.

Na sexta (26) ele voltou ao Hospital do Coração, desta vez acompanhado pelo médico Arthur Vianna, que se deslocou do Rio de Janeiro especialmente para atender o ministro.
“Com diagnóstico de embolia pulmonar, ele não poderia ter viajado. O ministro Levy é um bom cumpridor de ordens econômicas, administrativas, mas médicas não”, afirmou o pneumologista Arhur Vianna.

Ao chegar a Nova York, no domingo (28), Levy havia afirmado a jornalistas que não descumpriu ordem médica para viajar. "Não. Não descumpro ordem de ninguém. Sou muito obediente", declarou.

De acordo com o médico, a viagem aumenta o risco de desencadear um novo episódio de embolia pulmonar. Segundo ele, esse risco foi assumido pelo ministro. Vianna disse ainda que não acompanharia Levy na viagem “em hipótese alguma”, por ser contrário à decisão do ministro.

Como a embolia pulmonar ocorre quando um coágulo entope uma veia e obstrui a chegada do sangue ao pulmão, viagens longas, em que o paciente se movimenta pouco, podem prejudicar a circulação e agravar o quadro, de acordo com o médico. Ainda conforme o pneumologista, por estar medicado, os riscos à saúde de Levy no retorno ao Brasil são “muito pequenos”.

Fonte: G1.

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