Agentes cobram 'racionalização de gastos' na PF

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa os agentes da corporação, afirmou nesta terça-feira (5), por meio de nota divulgada pela assessoria da entidade, que o corte de R$ 133 milhões no orçamento da Polícia Federal para o ano de 2016 pode ser administrado internamente com medidas de gestão, como “racionalização de gastos” e "eliminação da burocracia".

O comunicado diverge da nota divulgada na semana passada pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), que acusou o governo federal de estar promovendo o "desmonte" da corporação com o corte orçamentário.

O corte no orçamento da PF ocorreu em dezembro, quando o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União para 2016.

“Para o presidente da federação Luís Antônio Boudens, não é necessária a autonomia financeira e orçamentária da Polícia Federal para manter a efetividade das operações, mas sim a racionalização de gastos e a eliminação da enorme burocracia”, ressaltou a Fenapef no comunicado divulgado à imprensa.

Na carta enviada na última semana ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, 28 delegados federais associados à ADPF afirmaram que os cortes no orçamento da Polícia Federal irão gerar a diminuição de investigações e “grave e nítido” desmonte da corporação.

O Ministério da Justiça classificou de "injusta e absurda" a carta da ADPF. Em comunicado divulgado na última quarta (30), a pasta afirmou que, ao contrário das alegações da entidade dos delegados, "dados demonstram que, nos últimos anos, ocorreu o fortalecimento da Polícia Federal", com aumento do orçamento total da instituição em mais de 43% desde 2003.

Nesta segunda (4), o Ministério da Justiça informou ao G1 que negocia com o Ministério do Planejamento a liberação de créditos suplementares para repor o corte de R$ 133 milhões no orçamento da Polícia Federal em 2016.

Fonte: G1.

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