​SEM FERROVIA, NÃO DÁ!

por Gonçalo Naza

O recém empossado secretário de Mineração, Luís Coelho é categórico: por mais riquezas que tenha, o Piauí vai continuar pobre e dependente caso não sejam construídas estradas de ferro. São as ferrovias – e não o Porto de Luís Correia – que, em sua opinião, vão atrair empresários que queiram investir no estado. E o Governo do Estado tem que ser convencido disso.

Luís Coelho tem experiência pessoal na exploração de minérios e tem trabalhado no setor há pelo menos 10 anos. Com este argumento reforça o discurso de que é a falta de infraestrutura logística que impede que grandes empresas se instalem no Piauí.

“Em todo o Brasil e fora do país já se sabe que estamos, aqui, andando sobre incalculáveis riquezas escondidas sob o solo. O mercado não duvida disso. Mas nenhum empresário vai produzir nada aqui se tiver que escoar sua produção usando caminhões”, ponderou Coelho em entrevista concedida ao Política Dinâmica minutos após sua posse.

CUSTO X BENEFÍCIO

Nessa linha de raciocínio, ele minimiza a importância do inacabado Porto de Luís Correia. Afinal de contas, mesmo que ele estivesse pronto, seria obrigatório o uso de caminhões, um custo de logística que inviabiliza o investimento privado. Daí a busca por implantar trens de carga que, a baixo custo, levem a produção de minérios e grãos para portos já existentes.


O ex-prefeito de Paulistana enfatiza que o governador tem que buscar essas obras com prioridade no Governo Federal

“Falta uma ferrovia ligando o estado aos portos de Pecém, no Ceará; e Suape, no Pernambuco”, avalia o secretário, apontando portos já são ligados a ferrovias. Bastaria, então, que o Piauí fizesse sua interligações e ramificações. O mercado, segundo Luís, já está cobrando isso há muito tempo e é responsabilidade do poder público e do governador Wellington Dias realizar essas obras.

Já está em andamento a construção da Transnordestina. Porém ela é uma estrada que precisa de ligações nos sentidos norte e sul. “Acredito que a Transnordestina deve ser finalizada logo. Com ela pronta, a exploração mineral deve dá um grande desenvolvimento ao estado”, considera, ao falar da obra que já avançou 15km no território piauiense, mas ainda está longe de ser terminada.

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