GANSOS, PONTES E ELEIÇÃO NA OAB

NÃO SÃO GUARDAS, SÃO GANSOS

O governo Wellington Dias e a gestão do advogado Daniel Oliveira à frente da Secretaria de Justiça, ambos do PT, ainda não foram capazes de substituir os gansos por guardas na penitenciária de Esperantina (174km de Teresina).

Sim, você leu certo: gansos! São eles que dão conta das tentativas de fugas e vigiam o perímetro da unidade prisional. Que levanta a questão é o presidente da OAB-PI, advogado William Guimarães. Ele revela, ainda, que enquanto essa situação é apenas um dos detalhes do colapso do sistema prisional do Piauí, aproximadamente R$ 15 milhões de reais — verba do Governo Federal — estão disponíveis para a construção de novas unidades prisionais e não há, até o momento, notícia de que esse dinheiro esteja sendo captado pelo Estado. O relato está neste vídeo, que você confere abaixo:

A PONTE, QUEM PARIU?

O presidente da OAB-PI, advogado William Guimarães, esteve na última sexta-feira nos estúdios da CLUBE FM, participando do programa Clube no Ar, com os jornalistas Arnaldo Ribeiro e Marcos Melo. Na entrevista, falou a respeito de como a entidade tem acompanhado o desenrolar da enrolada história de construção da terceira ponte Juscelino Kubitschek, a chamada “ponde do meio da Frei Serafim”. Segundo ele, a entidade quer, em primeiro lugar, ajudar a fazer com que a obra seja concluída e entregue para o trânsito de veículos da capital o quanto antes. Em segundo lugar, a Ordem quer apurar e buscar a responsabilização dos culpados pelo atraso e por irregularidades na construção da ponte. Confira mais detalhes da entrevista no vídeo a seguir:

DE QUEM É A CULPA?

A coisa mais fácil dessa política no Piauí é ir à imprensa falar que o gestor anterior cometeu irregularidades em obra tal, em pagamento tal e usar isso como justificativa para, na condição de novo gestor, ter tempo de dar seu próprio “toque pessoal” na situação. Mas o engraçado é que, se nas declarações à imprensa, sempre tem um culpado na gestão anterior, o mesmo não acontece na Justiça. É impossível ver um gestor acompanhar, depor e provar que seu antecessor cometeu um erro ou ilícito. Orbita no capo das raridades o gestor que cobra, aliás, a responsabilização de seu antecessor. 

ELEIÇÕES NA ORDEM 

Pertencer ao grupo que comanda uma seccional estadual da OAB é, em qualquer lugar do país, um status de prestígio e uma possibilidade de ascensão profissional enorme. Por isso, as eleições na Ordem são sempre muito disputadas e, pela postura e importância social da entidade, também interessa demais à sociedade em geral. Bem no próximo mês de novembro, mais uma disputa, que promete ser acirrada, vai decidir quem será o novo presidente da OAB no Piauí. A oposição já tem um nome: Celso Barros Neto.

Enquanto isso, segundo William, seu grupo ainda não se decidiu pelo nome ideal para concorrer ao cargo. E, apesar de ser legalmente possível, William diz que será qualquer um de seu grupo, menos ele mesmo concorrendo. “As eleições só acontecem em novembro. Eu poderia concorrer, mas nosso grupo defendeu o fim das reeleições [quando Norberto Campelo foi eleito, em 2006]. A Ordem é contra a reeleição em qualquer instância, por isso não podemos praticá-la”, se limitou a comentar.

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