WELLINGTON DIZ QUE JÁ FEZ A PARTE DELE

O governador não quer saber de mais cortes, garantiu que o governo já fez sua parte desde 2015, agora é com aumento de impostos (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

O governador Wellington Dias não se pronunciou durante o Forum Piauí Brasil, promovido pelo Grupo Cidade Verde. Havia iminente risco de vaias e a prudência, neste caso, o fez calar. Falou do lado de fora do auditório. E à imprensa defendeu o aumento de impostos como questão fundamental para momento urgente de crise financeira e não perdeu muito tempo falando de cortes nos gastos públicos. "O Governo já fez sua parte", disse.

Veja a entrevista!


Caminhando para o final de sua terceira gestão, o governador Wellington Dias enfrenta sua maior crise de imagem. Sabe-se que é com ela que ele se preocupa em primeiro lugar. E por ela, evita cortes de comissionados e comunicação. Já para a crise financeira -- aquela que atinge as contas do governo e pode atrasar o pagamento dos salários dos efetivos -- o remédio não será outro que não o aumento de impostos. E o consumidor final vai ter que arcar com isso, pois segundo W.Dias, não há o que fazer de diferente.

Wellington assegura que ouviu atentamente a palestra de Raul Velloso, economista e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento. Raul não deixou dúvidas em sua fala: aumento de impostos é "irracional" em tempos de crise. Disse ainda que o próprio governo federal poderia ajudar os estados utilizando recursos do BNDES da ordem de R$ 100 bilhões na compra de imóveis e recebíveis para tirá-los da crise num socorro emergencial. Parece que o governador só escutou mesmo a última parte.

Wellington Dias parece não ter ouvido quando Raul Velloso falou que aumentar impostos era errado, só se animou quando o economista falou de reivindicar R$ 100 bilhões do BNDES para socorro aos estados (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

O petista revelou que sua gestão já estava fazendo estudos a este respeito (O Política Dinâmica revelou isso na semana passada em sua coluna no Diário do Povo) num movimento para fazer caixa em um tempo mais longo. Em curtíssimo prazo, não há como escapar do aumento de impostos. 

Comente aqui