Na última semana Franzé Silva distribuiu a informação de que poderia deixar o PT. O barro que ele jogou na parede foi alegar que a direção estadual do partido estaria lhe causando dificuldades para viabilizar sua própria campanha. Na Assembleia, a notícia chegou como uma piada para a maioria dos deputados. Ali ninguém engole uma balela dessas.
Franzé já está eleito, viabilizado pela SEADPREV, pelas polêmicas PPPs e a centralização das licitações do Estado sob seu comando. E embora gente tenha medo de falar isso em voz alta, é a mais pura verdade.
MÉRITO
Para que fique claro: a Seadprev deu a Franzé Silva a repercussão midiática natural e inerente ao cargo que ocupa. Recadastramento de servidores, anúncios de programas de governo, mídia de feirões, eventos, uma infinidade de temas e oportunidades de se projetar em tv, rádio, jornal e internet. Outro ponto importante e peculiar à posição que Franzé ocupa no governo de Wellington Dias são as parcerias público-privadas. Na prática, elas se mostram como o único resultado do terceiro mandato petista no Piauí e -- apesar de todas serem suspeitas de irregularidades nas suas contratações -- serão elas as jóias da coroa que Wellington Dias vai mostrar em sua campanha de reeleição. Todas na ativa implantadas também sob o comando de Franzé.
O controle de todas as licitações do governo, centralizadas na SEADPREV, deu a Franzé a possibilidade de mapear todas as necessidades da gestão e conhecer mais, claro, o próprio governo. Exposição, resultado, controle e conhecimento: está aí a fórmula do sucesso.
RECONHECIMENTO
Franzé Silva não deveria sair do PT, afinal, é uma estrela em ascensão. Tudo a ver com o partido. E se há algum problema interno no PT, não é o fato dele ser candidato. Fora a deputada federal Rejane Dias -- que não disputa com Franzé -- ninguém ali chegou onde chegou sem muito esforço e luta.
A questão é a estrutura que o governador Wellington Dias lhe proporcionou. Franzé usufrui de visibilidade, acesso, confiança, poder, network. Ele é a cara deste governo de W.Dias, a mão forte do governador. Nenhum outro filiado irá dizer isso à imprensa -- como não falaram quando Rejane Dias foi candidata a estadual -- por medo de retaliação. Mas aos demais do PT -- em especial aos que estão fora do Executivo -- o índio companheiro impôs o sacrifício. O resto é conversa.
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