O segredo para transformar água de esgoto em ouro!

Informa o blog Bastidores da Notícia, assinado pelo jornalista Marcos Teixeira, que a empresa Aegea Saneamento já tem planos de expansão de seus negócios pelo Piauí, coisa para acontecer já a partir deste ano de 2023.

O piauiense conhece a empresa por outro nome: Águas de Teresina. Teixeira informa que a Aegea deve engolir os serviços que eram – ou deveriam ser – prestados pela Agespisa, empresa do Governo do Estado.

Vai fazer melhor que a Agespisa? Ótimo!

Mas há um “probleminha” a ser esclarecido.

A empresa, que já está analisando onde se meter em 153 municípios do Piauí, funciona, até aqui, por força de uma liminar do Tribunal de Justiça do Piauí e outra do Supremo Tribunal Federal. O TCE considerou irregular a vitória da Aegea em 2017 e confirmou esse posicionamento rejeitando um recurso da empresa em 2018.

A Aegea conseguiu transformar uma licitação irregular numa fonte de lucro na capital do Piauí (foto: Águas de Teresina)

A pandemia mudou tudo

O processo ficou parado por 2 anos e, então, chamou a atenção que no meio da pandemia de Covid-19, o processo tenha voltado a se movimentar, quando a transparência e acesso às informações foi prejudicado. E a movimentação caminha para uma “reforma” de julgamento que permita a Aegea “esticar” a licitação tida antes como irregular de Teresina para todos os municípios onde a Agespisa atua.

É como transformar água de esgoto em ouro.

A licitação original, de 2016, tinha envergadura de mais de R$ 1,7 bilhão.

O “puxadinho” da licitação pode girar em torno de R$ 5,2 bilhões, no mínimo, segundo técnicos do TCE ouvidos pelo PD.

Os documentos do processo -- novas decisões e análises -- não estão disponíveis para consulta pública no site do TCE. 

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