Já é bastante significativa a diferença que o mandato de Doutor Pessoa (MDB) já implantou no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura Municipal de Teresina. Nas últimas décadas, só um vice-prefeito mandou igual a prefeito na capital: Elmano Ferrer (à época no PTB) quando Silvio Mendes (PSDB) deixou o cargo para ser candidato. Na atual gestão, o vice Robert Rios (PSB) já manda mais que Pessoa, e olha que são apenas três semanas de gestão.
Claro que a caneta é do Doutor. Mas quem sabe o que ela tem ou não tem que assinar é Robert. Hoje ele é mais que vice, mais até que secretário de Finanças. Robert é o único da chapa que desceu do palanque e começou a fazer o que um prefeito tem que fazer.
Tem tido a noção administrativa para traçar o caminho da Prefeitura, a humildade de pedir ajuda a quem for necessário e possui sabedoria política para não deixar o MDB fazer na PMT o que faz no Governo do Estado.
A avaliação de adversários políticos é de que Rios tomou as rédeas da Prefeitura -- na medida que lhe é permitido fazer -- para que os serviços mais básicos não sejam interrompidos. Do contrário, o colapso já estaria à porta.
O protagonismo em mais algumas semanas será inevitável, uma vez que tem ocupado espaços administrativos que Pessoa não alcança e tomado cuidados políticos que o prefeito não toma . Já os aliados admitem: Pessoa conversa, Robert faz. Um, prefeito na foto, o outro, prefeito de fato.
É possível, inclusive, que a história lá de trás (entre Silvio e Elmano) se repita e, em breve, Robert Rios assuma a Prefeitura. Afinal, o gosto de Pessoa pelo palanque ainda parece ser tão grande, que é como se ele quisesse disputar o Governo do Estado em 2022, emendando uma eleição na outra.
Não dá para duvidar.
Mas lá na frente vai ser outra eleição, onde o fenômeno de 2020 não é mais novidade. E se é Robert quem está dando resultado hoje, talvez seja o nome dele que o povo vai querer governador amanhã.
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