MORAL, CARTEIRADA E PESQUISA FALSA

Lucas Villa diz que a OAB deve ter um papel de completa liberdade para lutar pelos interesses dos advogados e pelo Estado democrático de Direito. Em entrevista originalmente concedida a nós na Clube FM, ele que se tornou candidato de uma hora para outra. Na verdade, Villa explica que havia sido convidado por Celso Neto para ser candidato a vice na chapa. Impedimentos de ordem particular tiraram o protagonismo de Celso e, por consenso, Lucas se tornou, assim mesmo, da noite para o dia, o candidato do grupo NOVA OAB PIAUÍ. Além de advogado é professor e tem uma sintonia muito grande com os advogados mais jovens, que devem fazer a diferença nestas eleições na OAB-PI que acontecem no dia 21 de novembro de 2015. Veja abaixo o vídeo em que Lucas Villa apresenta sua candidatura.

SOFRIMENTO DO ADVOGADO COMUM, AS CARTEIRADAS E O PIOR LUGAR DO PAÍS PARA EXERCER A PROFISSÃO

“Eu conheço o problema do advogado privado, que não tem carteira de procurador do Estado para dar carteirada e ser bem atendido nas secretarias”. As palavras de Lucas parecem ter endereço certo. O atual presidente da ordem, William Guimarães — principal cabo eleitoral de Sigifroi Moreno, seu adversário — e o advogado Chico Lucas — outro adversário, lançado pelo movimento CIA — são procuradores do Estado.

Para Lucas, dirigir a OAB deve ser uma missão desapegada do poder e foca em resultado prático e transparente para a categoria. A própria montagem da chapa, que tinha nomes anteriores ao seu na disputa pela presidência e que se dispuseram a apoiar uma novidade, demonstra a intenção do grupo.

Villa afirma que ele e os advogados que o apoiam e acompanham tem compromisso exclusivo com idéias, não com projetos pessoais de poder. E mais: “quem deve comandar a OAB são as pessoas que não precisam dela para viver”, afirma.

O advogado Lucas Villa não poupa o Judiciário e expõe o fato de que nos últimos 7 anos a Justiça do Piauí tem apresentado os piores números de produtividade do país. Deixou aí uma crítica à omissão da OAB-PI. Veja todo os detalhes deste bloco da entrevista no vídeo abaixo:

PREFEITURAS, MORAL E VAIDADE DE PEQUENOS GRUPOS

“essa questão das prefeituras nos incomoda muito (…) você já imaginou se a OAB fosse independente o suficiente para cobrar de todas as prefeituras do Piauí que, ao invés de contratar escritórios sem licitação, fizessem concurso público para procurador?”. Com essa indagação, Lucas Villa chegou um ponto polêmico: o extremamente rentável mercado dos contratos com prefeituras municipais, que, coincidentemente ou não, se concentram em sua maioria em escritórios cujos sócios são atuais dirigentes da OAB-PI.

Os contratos são, de toda forma, legais, sim. Não se questiona isso. Em questão, Villa coloca o interesse de quem tem dezenas e dezenas de prefeituras em sua carteira de clientes e, ao mesmo tempo, deveria abrir novas oportunidades de concursos. São dois pesos que não se equilibram.

Segundo o próprio Villa, ele é, provavelmente, o único candidato que pode prometer lutar por estes concursos, pois é, também, o único que não tem contratos com prefeituras. Neste bloco que você confere a seguir, Lucas lembra que o eleitorado de advogados tem um perfil esclarecido e não pode se deixar levar pelo que chama de “interesses particulares” e “vaidade de pequenos grupos”.

PESQUISAS FALSAS, PISO SALARIAL, HONORÁRIOS E TRANSPARÊNCIA

Algum interesse pessoal muito grande move algumas forças nestas eleições da OAB-PI. Nenhum interesse público pode levar um cidadão (se pode ser chamado assim) a falsificar uma pesquisa eleitoral. Talvez as campanhas eleitorais partidárias estejam contaminando outras esferas. Até esta semana, só se tinha notícia de pesquisa eleitoral falsa em disputa de prefeitura e governo, geralmente promovidas por quem tem projetos de fazer dos cofres públicos sua caixinha particular.

Pois eis que o Instituto Amostragem teve que registrar um boletim de ocorrência e vir a público negar números de uma falsa pesquisa divulgada em seu nome e que trazia o nome de Lucas Villa bem próximo ao “traço” de intenção de voto e, pasmem, abaixo da linha de aprovação do governo Dilma Rousseff. Algo que, nestes dias, beira o impossível.

Villa tem a certeza de que a polícia dará conta do autor da falsificação ainda antes das eleições da Ordem. Seriam bem pregado. Mas disso ele também tira um saldo positivo: a reflexão que o advogado eleitor fará a respeito de quem se beneficiava com a publicação enganosa e o caráter de quem a promoveu. “Quem se presta a este papel, não tem condições morais nem de ser advogado”, destaca.

O piso salarial da categoria (o de jornalista é ruim, mas o de advogado, pasmem, é pior!) também foi comentado e criticado por Villa, bem como a tabela de honorários que, ao advogado em início de carreira, é uma humilhação. Aliás, valorização do advogado e transparência absoluta — desde prestação de contas até votações do Quinto Constitucional — para Villa já deveriam ser regra na Ordem. Veja os detalhes e mais informações no último bloco da entrevista, disponível a seguir:

Comente aqui