O governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, disse ao Política Dinâmica nesta quarta-feira (16) que o ex-presidente Lula, também petista, é o pré-candidato a presidente da República com a “missão mais coerente com aquilo o que prega Jesus Cristo”. E alegou que foi durante os mandatos de Lula que igrejas evangélicas mais se expandiram. O contexto da frase e da avaliação do governador é a sua busca por arrebanhar os votos evangélicos agora que o Republicanos – antigo PRB, ligado à Igreja Universal (IURD) –, partido que faz parte de sua gestão, agora pode vir a ser comandado pelo prefeito de Teresina, Doutor Pessoa (ainda no MDB).
De modo geral, dois partidos concentram em sua essência militância evangélica no Piauí: o PSC, de oposição, comandado por Gessy Fonseca; e o Republicanos, que apesar do comando da IURD, emprestava à gestão e às campanhas do PT por aqui um certo alinhamento político.
CENÁRIO LOCAL
Nos bastidores, acredita-se que Gessy deve emprestar o partido à estratégia do senador Ciro Nogueira (Progressistas) de ter outro candidato de oposição trocando farpas com os virtuais adversários de Sílvio Mendes (PSDB), seu candidato à disputa pelo Governo do Estado. Por outro lado, não é possível prever qualquer movimento político lógico do Doutor Pessoa comandando o Republicanos. Logo, partidos para reunir os evangélicos no atacado, agora o discurso é fazê-los aderir à campanha do PT no varejo.
“Temos uma relação com os evangélicos que independe de partidos”, alegou Wellington Dias ao repórter Otávio Neto, quando questionado sobre o novo comando do Republicanos.
CAMPANHA NACIONAL
Seguindo adiante na entrevista, Wellington foi questionado sobre o comportamento eleitoral dos evangélicos na disputa nacional entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula. E foi aí que o governador aproximou os atos de Lula das palavras de Jesus Cristo.
E lembrou de como igrejas evangélicas se deram bem no tempo em que Lula era presidente.
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