Era sábado, dia 31 de dezembro de 2016. Mal havia dinheiro nos caixas eletrônicos do Piauí, devido o intenso movimento de fim de ano. Internet banking? Em Teresina o tráfego de dados já não prestava pra muita coisa, com milhares de pessoas atualizando redes sociais ao mesmo tempo. Mas em Santa Cruz do Piauí, a prefeitura conseguiu o impossível: pagou R$ 400 mil reais a fornecedores no último dia do ano.
É, e a coisa é grave. Pelo menos segundo o relato de Barroso Neto, novo prefeito do Município. De acordo com ele, os pagamentos ainda foram feitos a fornecedores “fantasmas”. Eram os recursos provenientes da repatriação de dinheiro, transferido pelo Governo Federal para a conta da Prefeitura na tarde do dia 30 de dezembro de 2016. O ex-prefeito, Dr. Santino (PRTB), não foi encontrado para comentar as acusações.
“Encontrei o município no caos e no total abandono. Com energia cortada na sede da prefeitura, telefone fixo cortado, todos os programas financeiros, do setor de pessoal e folha de pagamento, tudo apagado”, relata Barroso.
Não há história boas para contar dessa transição. Seguindo o relato do novo gestor, a Saúde está sucateada, o patrimônio público sucateado e o resto está no mesmo caminho, motivo pelo qual foi declarado estado de calamidade pública por 30 dias.
Em entrevista ao Política Dinâmica, Barroso afirma que a primeira medida de sua gestão vai ser trabalhar para tirar o município da lista suja do Cadastro Único de Convênios, o CauC, e deixar a prefeitura adimplente com suas obrigações. Assim, Santa Cruz do Piauí poderia voltar a atrair mais recursos de convênios e transferências dos Governos Federal e Estadual.
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